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Chefe de observadores da ONU na Síria constata bombardeio em Homs

O general Babacar Gaye afirmou que bombardeio era contínuo e intenso. França vai convocar reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.
Chefe de observadores da ONU na Síria constata bombardeio em Homs

Foto: g1.globo.com

O chefe dos observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria, o general Babacar Gaye, afirmou nesta segunda-feira (30) ter visto um intenso bombardeio nas cidades de Homs e Rastan, no centro do país.

"Durante minha visita a Homs, pude constatar pessoalmente um intenso bombardeio de artilharia e de morteiro", indicou Gaye à imprensa em Damasco. "Era um bombardeio contínuo dos bairros", explicou.

Gaye também visitou a cidade de Rastan, na mesma região, que está em mãos dos rebeldes há vários meses. Para o oficial, a cidade sofreu danos enormes. "Também havia tanques do Exército destruídos à beira da estrada principal", acrescentou.

"Estou muito preocupado com a continuação da violência. E temos que reconhecer que esta violência vem de ambas as partes", enfatizou o chefe dos observadores.

A metade dos 300 observadores da Organização das Nações Unidas na Síria abandonou o país este mês, como seu chefe anterior, o general Robert Mood.

Conselho de Segurança
A França vai convocar uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para tentar superar o impasse diplomático a respeito da Síria e evitar mais derramamento de sangue no país, disse o chanceler Laurent Fabius também nesta segunda-feira.

As forças do presidente Bashar al Assad atacaram no fim de semana a cidade de Aleppo, principal centro comercial da Síria, o que atraiu a condenação de autoridades ocidentais que acusam as autoridades sírias de terem perdido toda a sua legitimidade.

Chamando Assad de "carrasco", Fabius disse que o país se encaminha para um massacre, e pediu à ONU que faça de tudo para resolver a crise.

"Vamos convocar uma reunião do Conselho de Segurança, provavelmente em nível ministerial, antes do fim da semana", afirmou ele à rádio RTL.

Até agora, China e Rússia vêm conseguindo usar seu poder de veto para blindar seu aliado Assad de qualquer resolução que abra caminho para a imposição de sanções ao governo sírio.
A França assumirá a presidência do Conselho de Segurança na quarta-feira (1º), e o presidente François Hollande tem dito que tentará convencer Rússia e China a apoiar sanções.

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir