Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-08-2012

Pãozinho fica 2,4% mais caro
Impacto do dólar no preço da farinha de trigo e custos de produção alavancaram alta
Pãozinho fica 2,4% mais caro
Foto: fornodigital.blogspot.com

O pão francês ficou 2,4% mais caro no fim de julho e a previsão é de que o preço fique ainda mais salgado nos próximos meses, de acordo com o presidente do Sindipan (Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de São Paulo), Antero José Pereira.

Em junho, o preço médio do pão francês na cidade de São Paulo era de R$ 7,72 por quilo. Atualmente, o quilo do alimento está cotado em R$ 7,90.

A alta pode chegar ainda a 5%, uma vez que apenas algumas padarias estão repassando os aumentos de salário dos funcionários e energia elétrica para o preço final do pão. Esse repasse não ocorria desde o ano passado, o que afeta os produtores.

— Chega uma hora que tem que repassar alguma coisa porque a inflação vai comendo a lucratividade.
O sindicato esperava que o pãozinho tivesse alta de 5% já no final de julho, o que não ocorreu. Pereira argumenta que o setor é imprevisível.

— As indústrias de panificação vão recompondo suas planilhas e definindo os novos preços na medida em que vão sentindo o peso no bolso.

O impacto atual no preço é trazido também pela valorização do dólar em relação ao real. A moeda americana mais cara afeta diretamente o preço da farinha de trigo, matéria-prima básica para a fabricação do alimento mais tradicional da mesa do brasileiro. Atualmente, o dólar está cotado a R$ 2,05 nesta quinta-feira.

Além disso, as adversidades climáticas nos principais países produtores, especialmente na Argentina, e a redução de área do trigo brasileiro alteraram o cenário do cereal, segundo análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Esalq/USP).

O encarecimento do trigo em grão é refletido nos derivados, como a farinha. Na última semana, os preços de todas as farinhas pesquisadas pelo Cepea registraram alta. Algumas farinhas, como aquela que é utilizada no pão francês (pré-mistura), já acumulam valorização de 5% em julho.




Fonte: noticias.r7.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir