Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-08-2012

Agência da ONU diz que há severa escassez de medicamentos na Síria
Fábricas sofreram danos e fecharam, segundo a OMS. Antes de conflito, Síria produzia 90% de seus medicamentos.
Agência da ONU diz que há severa escassez de medicamentos na Síria
Foto: g1.globo.com

Muitos dos principais fabricantes de medicamentos da Síria devastada pelo conflito fecharam, causando severa escassez de medicamentos para o tratamento de doenças crônicas e um crescente número de vítimas, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (7).

Antes da revolta que já dura 17 meses contra o presidente Bashar al Assad, a Síria produzia 90% de seus medicamentos e drogas. Entretanto, a produção foi atingida pelos combates, falta de matérias-primas, o impacto das sanções e o custos mais elevado dos combustíveis, relatou a agência da ONU.

Cerca de 90% das fábricas farmacêuticas da Síria estão localizadas na zona rural das províncias de Aleppo, Homs e Damasco, que sofreram danos substanciais por causa da escalada dos combates, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.

"Muitas dessas fábricas já fecharam como resultado dos contínuos confrontos e do aumento nos custos do combustível, gerando uma escassez crítica de medicamentos", disse durante uma reunião das Nações Unidas em Genebra.

Medicamentos para tuberculose, hepatite, hipertensão, diabetes e câncer são urgentemente necessários, assim como hemodiálise para doenças nos rins, segundo a OMS.

Os centros de saúde foram fechados, danificados ou tomados por combatentes.

"As unidades de saúde que pararam de funcionar estão localizadas nas áreas mais afetadas, onde a necessidade urgente de intervenções médicas e cirúrgicas é a mais eminente", disse Jasarevic.

O Ministério da Saúde da Síria informou que "perdeu" 200 ambulâncias ao longo das últimas semanas, o porta-voz acrescentou.

A crescente violência do conflito recentemente se espalhou para as duas maiores cidades da Síria, Aleppo e a capital Damasco, agravando a crise humanitária nos principais Estados árabes.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, que esperava fornecer alimentos para 850.000 sírios até o final de julho, só conseguiu atingir 542.000, segundo a porta-voz do PAM, Elisabeth Byrs.

Cerca de 124.000 sírios fugiram através das fronteiras e foram registrados como refugiados, enquanto estima-se que 1,5 milhão estejam deslocados dentro da Síria.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir