Categoria Policia  Noticia Atualizada em 09-08-2012

Suspeita de envolvimento na morte de adolescente deixa a prisão em Cuiabá
Quatro pessoas são acusadas pela morte da adolescente Maiana Vilela. Jovem sumiu em dezembro do ano passado após sacar dinheiro em Cuiabá.
Suspeita de envolvimento na morte de adolescente deixa a prisão em Cuiabá
Foto: g1.globo.com

A auxiliar administrativa Calisangela Moraes, de 36 anos, suspeita de envolvimento na morte da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, deixou a prisão na noite desta quarta-feira (08), em Cuiabá. Calisangela estava detida no presídio feminino Ana Maria do Couto May, na capital, e conseguiu a liberdade depois que sua defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva. O pedido foi acatado pela 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica.

De acordo com o advogado Waldir Caldas, que defende Calisangela e o ex-marido dela, o empresário Rogério Amorim, o pedido de soltura sustentou que as provas colhidas durante a investigação da morte da garota evidenciariam que a suspeita não teve participação no crime. As supostas evidências da participação de Calisangela no assassinato eram pressupostos da manutenção da prisão preventiva dela, segundo o advogado. O empresário continua preso e o advogado Waldir Caldas disse ao G1 que ainda não fez o pedido de revogação de prisão dele.

A adolescente desapareceu em dezembro de 2011 e, conforme a Polícia Civil, teve a morte supostamente encomendada pelo próprio namorado, o empresário Rogério Amorim, de 38 anos, e a ex-mulher Calisangela. Maiana Vilela sumiu epois de descontar um cheque em uma agência bancária, no bairro CPA II e o corpo da jovem só foi encontrado pela Polícia Civil no dia 25 de maio deste ano, enterrado em uma cova rasa, no Distrito do Coxipó do Ouro, na capital.

O corpo dela foi enterrado no dia 31 de julho, após sete meses do crime. No mesmo dia, houve audiência de instrução do processo contra os 8 acusados de envolvimento na morte da jovem, no Fórum da capital. Foram ouvidos depoimentos das testemunhas arroladas pelas partes e interrogados os acusados. Durante a oitiva houve contradição nos depoimentos e os pedreiros Paulo Ferreira, 41, e Carlos Alexandre, 29, presos por envolvimento no crime, mudaram as versões prestados à Polícia Civil na fase de inquérito. Eles declararam em juízo que não foram contratados para matar a jovem e ocultar o cadáver dela e disseram que agiram por conta própria.


Corpo de adolescente foi enterrado na tarde do dia 31 de julho em Cuiabá.




Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), os dois pedreiros foram supostamente contratados para matar a garota pelo empresário Rogério Amorim e pela ex-mulher Calisangela Moraes. Ao invés de terem sido contratados pelo casal, os pedreiros relataram que foram procurados pela própria Maiana Mariano. Na nova versão apresentada, eles disseram que a adolescente chamou os dois para um "serviço", que seria roubar a caminhonete do empresário e cerca de R$ 30 mil que seria pago aos funcionários da empresa dele. A menina queria desmanchar ou vender a caminhonete, e o dinheiro seria repartido entre os três.

No entanto, o acordo não teria se concretizado. Em seguida, Paulo Ferreira teria se desentendido com a jovem e depois a matado por enforcamento. Ele chegou a dizer que a adolescente de 16 anos tentou o agredir com uma chave de roda. Em juízo, os dois se declararam arrependidos pelos crimes.

Os pedreiros justificaram a mudança de versão dizendo que, na época do inquérito policial, eles quiseram incriminar o empresário em busca algum benefício em relação ao crime que cometeram. "Foi uma covardia grande que eu fiz", revelou Paulo Ferreira, que confessou que matou a jovem

Contradiz
O empresário Rogério Amorim negou que mandou os pedreiros cometerem o homicídio, mas admitiu que conhecia os dois. Em sua defesa, ele alegou que já morava com a adolescente com o interesse em casamento, e que ficou deprimido ao saber do sumiço da jovem.

Ele disse ainda que andava com altas quantias escondidas em sua pasta em época de pagamento dos seus funcionários da empresa ligada à construção civil. Ele comentou que não se importava em carregar de R$ 20 mil a até R$ 100 mil na mala, o que poderia ter gerado o interesse da jovem, como indicaram os pedreiros.

Calisangela disse que não encomendou o homicídio e que também não ameaçou a jovem, como informou a polícia. Ela disse ainda que o marido dizia que "não estava separado, mas só dando um tempo" na época do relacionamento com Maiana. "Sou inocente e não tenho nada a ver com esse caso", concluiu.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir