Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-08-2012

CNJ vistoria unidades de internação de adolescentes em Campo Grande
Avaliação preliminar indica que condições ainda não são satisfatórias. Em setembro, grupo irá vistoriar Unei em Ponta Porã e Dourados.
CNJ vistoria unidades de internação de adolescentes em Campo Grande
Foto: g1.globo.com

Duas juízas que integram o Programa da Justiça ao Jovem, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estão em Campo Grande e vistoria as Unidades Educacionais de Internação (Unei) na cidade. Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (9), a avaliação preliminar é que as condições ainda não correspondem às exigências do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

Hoje, a vistoria foi na unidade de semi-liberdade. Na quarta-feira (8), as juízas estiveram na Unei Novo Caminho, no bairro Los Angeles, em que os adolescentes permanecem internados por, no máximo, 45 dias. "Os problemas mais comuns são a falta de atividade regular e de cursos de profissionalização; não é só receber escolaridade.

O adolescente também não pode ficar o tempo todo no alojamento, fazendo refeição, porque não é assim que ele vai sair melhor do que entrou", afirma a juíza Cristiana Cordeiro. A juíza avalia que, para cumprir essa fase pedagógica de capacitação, é fundamental a participação da sociedade para reeducar e dar oportunidade ao adolescente que cumpriu a internação. "Não depende somente do estado. A Constituição diz que é dever de todos, da sociedade, da família e do estado proporcionar que esse adolescente seja reeducado", disse Cristiana.

Nesta manhã, as juízas reuniram-se com diretores das Uneis e integrantes da secretaria estadual de Assistência Socioeducativa (SAS), pasta responsável pela coordenação das unidades. No encontro, o superintendente da SAS, Hilton Vilassanti, entregou plano com cronograma de ações para melhoria das Uneis.

Unei Dom Bosco
Os representantes do conselho afirmaram que a Unei Dom Bosco merece uma atenção especial, por sempre ter um número maior de adolescentes. No estado, há uma situação específica, a de internação de índios e jovens oriundos do Paraguai e Bolívia, países que fazem fronteira com Brasil. Cristiana Cordeiro disse que a Unei Dom Bosco não foi construída para abrigar adolescentes. Villassanti informou ao G1 que o prédio está passando por reformas.

Ao término da vistoria, um novo relatório será elaborado e encaminhado aos poderes executivo e judiciário, cobrando as mudanças. Segundo Cristina, este é um processo demorado, particular de cada estado.

Em setembro, o CNJ volta a Mato Grosso do Sul, para avaliar as Uneis de Ponta Porã e Dourados.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir