Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-08-2012

MPF denuncia marinheiros acusados de jogar clandestino ao mar
A procuradora federal Antonia L�lia Neves Sanches denunciou os 19 tripulantes, 17 turcos e dois georgianos, do navio Seref Kuru, acusados de jogar ao mar, a oito milhas n�uticas (14,4 km) da costa brasileira, o clandestino camaron�s Wilfred Happy.
MPF denuncia marinheiros acusados de jogar clandestino ao mar
Foto: noticias.terra.com

O marinheiro de conv�s, Orhan Satilmis, acusado por Ondobo como autor de chutes e socos contra ele, foi denunciado pela pr�tica dos crimes de tortura, racismo e tentativa de homic�dio. O comandante do navio Coskun �avdar tamb�m foi denunciado por tortura e tentativa de homic�dio. Os demais membros da tripula��o foram acusados por tentar contra a vida do clandestino.

Durante a semana, a Justi�a Federal deve decidir se aceita ou n�o as den�ncias. No decorrer das investiga��es, o Minist�rio P�blico Federal havia solicitado a pris�o preventiva do marinheiro Orhan Satilmis. O pedido foi indeferido em primeira inst�ncia. Os procuradores apelaram ao Tribunal Regional Federal da 4� Regi�o, mas a liminar tamb�m foi negada.

Na cidade paranaense de Paranagu�, a 98 km de Curitiba, os marinheiros denunciados n�o sa�ram do hotel durante todo o domingo e houve aumento no n�mero de seguran�as no local. Procurado para comentar a den�ncia, o advogado Giordano Vilarinho Reinert, respons�vel pela defesa dos tripulantes do Seref Kuru, estava com o celular desligado. A procuradora n�o foi localizada.

Sem dormir
No final de junho, o navio Seref Kuru foi retido no porto de Paranagu� ap�s o clandestino ter sido encontrado flutuando em um palhete amarrado em gal�es de pl�sticos vazios. Registrado em Malta, o Seref Kuru � operado por um armador turco.

Na madrugada de sexta-feira, o navio zarpou rumo � �frica, carregado de a��car, com uma nova tripula��o que veio de Turquia para substituir os marinheiros denunciados Em depoimento � Pol�cia Federal, a v�tima disse que entrou clandestinamente no navio no porto de Douala em 16 de junho. Na vers�o do clandestino, ap�s oito dias escondido embaixo do motor do guindaste, ele teria sa�do � procura de alimentos e �gua. Ao encontr�-lo, alguns marinheiros passaram a agredi-lo com chutes e socos e depois o trancaram em uma min�scula cabine.

No local, ele teria ficado preso durante quatro dias, sem poder dormir. A todo o momento, durante o dia e a noite, os marinheiros batiam na porta. Um dos tripulantes, identificado mais tarde como Orhan Satilmis, teria lhe dito que n�o gostava de negros, pois s�o todos animais.

No dia 27 de junho, ap�s fundear a embarca��o pr�xima � costa, os tripulantes teriam entregado a ele, 150 euros, US$ 30 e uma lanterna para que chegasse ao Brasil. Ondobo declarou que n�o sabia nadar. Mesmo assim, ele afirmou que os homens disseram que "era a �nica sa�da".

Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir