Governo lançou nesta quarta programa de investimentos em logística
Foto: twitter.com A presidente Dilma Rousseff negou que o programa lançado pelo governo federal nesta quarta-feira (15) seja um pacote de privatizações. Na saída do evento, no Palácio do Planalto, ela disse que está "consertando um erro do passado" e que não está privatizando.
Nesta quarta, ela lançou a primeira etapa do Programa de Investimentos em Logística de rodovias e ferrovias. A ideia da presidente é aumentar os investimentos da iniciativa privada e resolver o nó logístico brasileiro com ampliação e modernização da infraestrutura de transportes.
Perguntada sobre o programa ser uma privatização das rodovias e ferrovias, coisa que o PT sempre criticou diante das decisões do governo de Fernando Henrique Cardoso, Dilma se irritou e disse que não.
— Essa é uma questão absolutamente falsa, eu hoje estou tentando consertar em ferrovias alguns equívocos cometidos na privatização das ferrovias, hoje estou estruturando um modelo no qual vamos ter o direito de passagem de todos quantos precisarem transportar sua carga, na verdade, é um resgate da participação do investimento privado em ferrovias, mas também o fortalecimento das estruturas de planejamento e regulação.
Mais cedo, durante o evento, ela disse que o governo dela "reconhece e acredita em parcerias com o setor privado".
— Nós aqui não estamos desfazendo do patrimônio público para acumular caixa ou reduzir divida. Estamos fazendo para ampliar a infraestrutura do país e beneficiar a população e o setor privado. Vamos saldar dívidas de décadas e sobretudo para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios.
Programa
A concessão de estradas e ferrovias em modelo de privatizações é a primeira etapa do plano. Serão leiloados 7.500 quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias em todo o País.
Ao todo, serão investidos R$ 133 bilhões em 25 anos, sendo R$ 79,5 bilhões nos cinco primeiros anos. Desse montante, R$ 42 bilhões serão para melhorias de rodovias e R$ 91 bilhões para ferrovias.
O modelo que a presidente não quer chamar de privatização é a concessão para as empresas privadas a partir do preço de pedágio apresentado. Ganhará quem oferecer a menor tarifa, sendo que não serão cobrados pedágios nas áreas urbanas e a cobrança só poderá começar depois que pelo menos 10% das obras estiverem concluídas.
Fonte: noticias.r7.com
|