Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-08-2012

ONU culpa tropas e milícias sírias por "crimes contra a humanidade" em Houla
Comissão apontada pelo Conselho de Direitos Humanos atribui às forças de segurança e à shabiha assassinato de moradores de vilarejo em maio
ONU culpa tropas e milícias sírias por
Foto: ultimosegundo.ig.com.br

As forças do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, e a milícia pró-governo shabiha cometeream crimes de guerra e crimes contra a humanidade no vilarejo de Houla, em maio, afirmou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira. A comissão também afirmou que grupo contrários ao governo cometeram crimes de guerra, incluindo assassinatos e tortura, mas em escala menor.

O relatório, feito por uma comissão apontada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, culpou o governo e a milícia pela morte de mais de cem civis no vilarejo. Segundo o texto, os assassinatos, torturas, estupros e ataques em Houla "indicam o envolvimento do mais alto escalão das forças de segurança e do governo".

O relatório foi feito após entrevistas com 1.062 entrevistas na Síria e em Genebra, e a comissão ressaltou as dificuldades para obter informações por causa das limitações impostas pelo governo sírio.

Bomba em Damasco

Nesta quarta-feira, uma bomba explodiu em Damasco , capital da Síria, perto de um hotel onde estão hospedados integrantes da missão observadora da ONU. De acordo com a TV estatal síria, o ataque deixou três feridos, nenhum deles funcionários da organização.

A explosão aconteceu a cerca de 300 metros de uma instalação militar síria. O hotel sofreu danos leves e o fogo levou menos de uma hora para ser controlado. O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faisal Mekdad, visitou a região do ataque, que chamou de "ato criminoso". "Esse tipo de explosão não afetará nosso país", afirmou.

Também nesta quarta-feira, ativistas disseram que combates entre as forças de segurança e os rebeldes que lutam contra o governo do presidente Bashar Al-Assad foram registrados em várias regiões do país, inclusive em Damasco. Os choques na capital teriam acontecido em frente ao quartel-general do governo e ao prédio da Embaixada do Irã.

Na terça-feira, o secretário americano da Defesa, Leon Panetta, afirmou que o Irã está montando e treinando uma milícia para ajudar Assad a reprimir a revolta popular. Os esforços do governo iraniano, disse Panetta, "apenas aumentarão as mortes e impulsionarão um regime que cairá".



Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir