Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 17-08-2012

HOJE É JOGO RÁPIDO
Parte-se, neste artigo, de uma famosa frase de Montaigne (pensador francês do Sec. XVI):“Uma cabeça bem-feita vale mais que uma cabeça cheia”.
HOJE É JOGO RÁPIDO
Foto: Divulgação

Nunca se pretendeu, nesta coluna, responder a qualquer questão filosófica ou partidária.

Esta coluna foi pensada para provocar as perguntas, para auxiliar na formulação dos questionamentos capazes de mover o pensamento.

Pensar é um verbo pouco conjugado no cotidiano. Os mais comuns são, pagar, receber, orar, rezar, amar, namorar, ficar, estudar, fazer, ser, estar. O verbo PENSAR está em enésimo lugar na lista das ações básicas de alguns seres humanos, mesmo sendo uma das principais características da racionalidade.

No entanto, para fazer a pergunta certa,é preciso, antes de tudo, saber o que perguntar. Antes de se perguntar, por exemplo, em quem se deve votar, faz-se necessário (e mais interessante) perguntar-se acerca do trabalho do candidato. Questionar-se sobre o que se desejada vida e para a vida.Perguntar-se, por exemplo, qual o futuro que se espera para filhos e netos?

A partir deste parágrafo peço licença aos linguistas para conduzir o texto de modo pessoal e variando entre a 1ª e a 3ª pessoas. Com licença.

Tenho uma preciosidade de 7 meses em casa. Escolhi Itapemirim para morar e quero que minha filha cresça aqui. Pensando num padrão de desenvolvimento e crescimento naturais, aos sete anos ela estará iniciando a vida escolar no ensino fundamental. Aos 18 ela estará concluindo o ensino médio e aos 23 a graduação, e, assim espero, estará iniciando sua vida profissional de fato. São 23 anos até que esteja apta a "caminhar com as próprias pernas". Daí então cabe a reflexão: nesses 23anos qual foi a minha contribuição para o seu futuro?

Imaginem:

- Que, se em 2012 eu tivesse vendido meu apoio ao candidato cheio da grana, e depois deixado minha família ser governada durante 8 anos sem que eu pudesse exigir do meu governante tudo aquilo que é necessário e justo, porque ele me pagou (comprou meu silêncio);

- Que, quando minha filha completasse 8anos, em uma nova eleição, mais uma vez eu buscasse o candidato endinheirado para receber R$ 5.000,00, em troca do meu apoio. Talvez mais 8 anos da mesma forma.

- Que, minha filha, então com 16 ou 17, receba uma proposta de estágio na prefeitura, por um salário mínimo.

Pronto. A família está comprada, mais uns 8 anossendo submissos às decisões superiores, sem que eu tenha condições morais de cobrar a participação popular.

Parece utópico? Em leitura sim, pode parecer! Porém, pare e pense em quantas pessoas você conhece que estão vivendo esta situação há mais de 20 anos.

Por isso, pergunte, pense, cobre e reflita.

Minha filha será uma subordinada e submissa ou será a pessoa que fará a diferença?

Eu quero que a cabeça da minha filha seja bem cheia ou bem feita?

Eu quero receber uma ajuda em troca do meu voto, ou quero votar para ajudar a minha filha
a morar em um lugar mais justo e digno?

Eu posso mudar o futuro da minha filha?

Eu quero eleger um prefeito que, logo na campanha, usa o pobre como moeda de troca?

Pois bem amigo leitor e amiga leitora, eu quero fazer as perguntas e quero que as minhas perguntas sejam respondidas. Que sejam respondidas no futuro pelas minhas ações do presente.


REVISíO FINAL: PÂMELLA CHAMMAS DELATORRE. ESTUDANTE DE DIREITO PELA FDCI, E BRUNA HEMERLY, JORNALISTA.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Gedson Alves    |      Imprimir