Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-08-2012

Médica nega queimaduras em bebê; família insiste em processar hospital
Criança apareceu com supostos sinais de queimadura
Médica nega queimaduras em bebê;  família insiste em processar hospital
Foto: noticias.r7.com

A chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal do Hospital Daniel Lipp, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde um bebê de apenas dois meses com suspostas queimaduras nos dedos da mão esquerda está internado, negou que o menino tenha sido queimado. A médica, que preferiu não se identificar, explicou que as manchas são resultado de uma infecção generalizada que João Pedro da Silva Medalha teve.

— Não teve nenhuma queimadura, nem algo parecido. Ele teve uma lesão de vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos) por causa da infecção generalizada grave, o que provoca uma série de alterações.

A versão da médica contradiz o que a mãe do menino acredita ter acontecido com o seu filho. Segundo a dona-de-casa Camila Silva dos Santos, 23 anos, João Pedro foi transferido do Hospital Infantil do município para a unidade particular no dia 21 de julho para tratar uma infecção intestinal e, dias depois, apareceu com manchas escuras em dois dedos da mão esquerda. Segundo ela, as marcas apareceram na pele do filho depois que foi colocado um aparelho chamado oxímetro (que mede a oxigenação sanguínea e as frequências cardíaca e respiratória) nos dedos dele.

— Eles cuidaram da infecção e colocaram um aparelho nos dedos do meu filho. Este aparelho, que tem um laser, causou as queimaduras. Isso não foi avisado em nenhum momento pela unidade. Por acaso eu os vi [enfermeiros] fazendo o curativo. Só assim que vi que os dedos estavam pretos. Este aparelho não é adequado para tratamento de um bebê. Eu tenho uma tia que trabalha em um hospital e ela me falou que este aparelho normalmente queima a pele.

A médica explicou que o aparelho não causa nenhum tipo de queimadura na pele.

— Não existe laser nenhum em oxímetro. Este aparelho mede a oxigenação do sangue, as frequências cardíaca e respiratória, é um monitoramento não invasivo. Não tem como causar queimaduras.

Camila disse não acreditar na versão dada pela médica e disse que vai entrar na Justiça contra o hospital.

— Nós vamos processar o hospital, pois meu filho entrou com as mãos perfeitas e está com o risco de ter que amputar os dedinhos.

Em nota, o Hospital Daniel Lipp informou que não há risco de amputação dos dedos e que o bebê evolui bem. De acordo com a chefe da UTI Neonatal, ainda não há previsão de alta. João Pedro ficará em observação médica até tratar as lesões.

Outra mão com macha

Camila contou que o laudo apresentado pela unidade à família aponta uma outra mancha na mão direita do bebê. A médica explicou que a lesão se deu por conta de medicação dada a João Pedro e que esta é considerada uma queimadura química e não térmica. A mãe da criança disse que também vai processar o hospital por esta consequência.

Fonte: noticias.r7.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir