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Presidiárias produzem peças em troca de redução de pena em Vilhena, RO

A cada três dias de trabalho, pena é reduzida em um dia. Atividade socioeducativa está mudando o comportamento das presas.
Presidiárias produzem peças em troca de redução de pena em Vilhena, RO

Foto: g1.globo.com

Elas levam quase quatro dias para confeccionar uma peça feita em crochê. Entre tapetes e porta objetos as 28 mulheres do Presídio Feminino de Vilhena, RO, passam o tempo na tecelagem. Além de ser socioeducativa, a atividade possibilita a redução da pena e os recursos para despesas pessoais.

Sempre que uma nova presidiária chega à unidade, a produção já começa. Maria de Fátima, presa há 4 meses, já é considerada uma tecelã experiente. Aos 58 anos confecciona jogos para banheiro e cozinha sem auxílio de material didático. "É uma terapia e antes de vir para cá já fazia crochê. Sei de cor todos os pontos", garante a presidiária.

Já Valdirene Ramos, de 27 anos, apesar da boa aptidão com a linha e a agulha, ainda precisa recorrer à revista especializada. "Temos só uma revista de crochê aqui e sempre procuro fazer uma peça nova para destacar o meu trabalho", revela.

Mesmo com o objetivo de ressocializar essas mulheres, o trabalho ainda é pouco valorizado. De acordo com Maria de Fátima e Valdirene o preconceito impede que as peças produzidas sejam vendidas pelos familiares por preço justo. "Tenho tapetes que valem R$ 100, mas consigo vender, no máximo por R$ 30", reclama Valdirene. Ressocialização
Nilton Gomes, diretor do Conselho da Comunidade em Vilhena, disse ao G1 que ocupar as presidiárias com a produção de peças em crochê influencia positivamente no comportamento das mulheres. "Praticamente não temos mais problemas com o presídio feminino. Elas fazem o trabalho com dedicação e são recompensadas por isso. A cada três dias de trabalho um é descontado da pena", afirma Gomes.

Um exposição foi organizada para apresentar as peças à população. O evento em um centro comercial da cidade foi encerrado no dia 19 de agosto.

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir