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Com medo de Elize, reverendo pediu para Marcos Matsunaga mudar segredo de quarto com armas
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Religioso contou que havia notado sinais de esquizofrenia na acusada antes do crime
Foto: noticias.r7.com O reverendo da Igreja Anglicana frequentada por Marcos e Elize Matsunaga, afirmou � em depoimento � pol�cia � que teria aconselhado o executivo da Yoki a preparar um "sistema emergencial psiqui�trico" para a mulher. No registro de seis p�ginas que consta no processo do caso, o religioso afirma que Elize "poderia estar enfrentando um quadro de paranoia (alucina��es), ou seja, tinha vis�es e ouvia vozes", e que esta situa��o poderia evoluir para uma esquizofrenia.
A suspeita foi levantada pela testemunha � que tamb�m � doutor e p�s-doutor em psicologia � em 2011, ap�s uma visita para "aben�oar os c�modos" do apartamento dos Matsunaga, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista.
O relato foi feito � pol�cia em 4 de junho, dois dias antes de a bacharel em direito e ex-garota de programa confessar ter assassinado e esquartejado o marido. Na ocasi�o, o reverendo que oferecia "orienta��o espiritual para o casal" j� cogitava o envolvimento de Elize no crime, ocorrido em 19 de maio.
O religioso diz ter notado, tanto na mulher quanto no empres�rio, algum tipo de medo que n�o soube identificar. Ele foi o respons�vel por celebrar o casamento de Elize e Marcos e pelo batizado da filha do casal.
Em seu depoimento � pol�cia, o homem contou que, no dia 20 de abril deste ano, recebeu um e-mail de Elize em que ela se queixava do marido, dizendo que o casamento havia terminado e que receava pela pr�pria vida. Seis dias depois, o reverendo diz ter recebido um e-mail de Marcos, no qual o executivo pedia para conversar.
Trai��o e surtos
Segundo o religioso, em uma conversa com Marcos no dia 29 de abril, o executivo novamente mencionou problemas no casamento e contou que a mulher o acusava de trai��o. Ele chegou a comentar que Elize havia interceptado um e-mail endere�ado a outra mulher. Na ocasi�o, Marcos negou a trai��o � o que veio � tona mais tarde �, dizendo que Elize andava "perturbada".
De acordo com o reverendo, Marcos comentou que Elize, antes de conhec�-lo, "havia passado por surtos" e "tomado medica��o psicotr�pica".
Ainda no dia 29 de abril, o reverendo diz ter presenciado uma discuss�o por telefone entre Marcos e Elize que fez sua d�vida sobre o estado cl�nico da mulher de Matsunaga diminuir ainda mais. Diante disso, segundo contou � pol�cia, o reverendo decidiu dar tr�s conselhos a Marcos.
Al�m do "sistema emergencial psiqui�trico", considerando "uma poss�vel necessidade de interna��o" com a finalidade de proteger Elize de si mesma, o religioso sugeriu que o empres�rio contasse para os pais o que estava acontecendo. Recomendou tamb�m "para evitar uma poss�vel trag�dia, que a fechadura do quarto de armas fosse inutilizada". Os conselhos teriam sido seguidos pelo executivo.
"Aus�ncia de emo��o"
O membro da Igreja Anglicana contou � pol�cia ainda que, ap�s o desaparecimento de Marcos em 20 de maio, chegou a enviar e-mails para ele e, como n�o obteve resposta, imaginou que o pior tivesse acontecido.
Mesmo ap�s a informa��o de que partes do corpo do executivo haviam sido encontradas, o reverendo mandou um e-mail para Elize. A mulher teria respondido, afirmando que haviam encontrado um corpo, v�tima de homic�dio, com um tiro na cabe�a e que a fam�lia estava muito abalada.
O religioso comentou que Elize teria dito na mensagem de resposta:
"Ainda bem que a fam�lia quer que o assunto seja tratado com sigilo, porque assim n�o precisa contar a hist�ria v�rias vezes."
No depoimento, o reverendo afirmou, por fim, que "notou aus�ncia de emo��o por parte dela [Elize], comum em um quadro de psicose". Disse que fatores culminaram no "estado descompensado" de Elize e que acreditava que ela "� uma pessoa que tem um lado muito bom, mas que foi levada para muito al�m dos limites do seu suport�vel, quadro esse agravado por n�o ter com quem conversar".
Fonte: noticias.r7.com
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Por:
Caroline Costa |
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