Categoria Politica  Noticia Atualizada em 14-12-2012

ONGs querem que Dilma pressione Putin por direitos humanos
Organiza��es de direitos humanos com representa��es na R�ssia e no Brasil querem que Dilma levante o tema de respeito a direitos humanos na R�ssia durante o encontro que ela ter� nesta sexta com Vladimir Putin, em Moscou.
ONGs querem que Dilma pressione Putin por direitos humanos
Foto: portuguese.ruvr.ru

A presidente Dilma Rousseff realiza nesta sexta o segundo dia de sua visita oficial ao pa�s.

Recentemente, a R�ssia aprovou um projeto de lei que obriga as organiza��es que receberem contribui��es financeiras de fontes internacionais a se registrar como "agente estrangeiro" no Minist�rio da Justi�a. A nova legisla��o tamb�m imp�e novas e mais duras inspe��es a essas ONGs e �s suas formas de financiamento - e estas ter�o que exibir avisos em seus sites e material impresso especificando que elas s�o "agentes estrangeiros".

O termo tem uma conota��o fortemente negativa na R�ssia, quase equivalente a uma compara��o com um espi�o ou um traidor. Quem n�o respeitar a nova legisla��o pode ser condenado a penas de at� dois anos de pris�o ou ter de pagar multas equivalentes a 500 mil rublos (cerca de R$ 34 mil).

Grande prest�gio
Para Rachel Denber, vice-diretora para Europa e �sia Central da entidade Human Rights Watch, "o Brasil busca a lideran�a em temas globais e a presidente Dilma Rousseff � uma visitante de grande prest�gio". Na opini�o de Denber, at� pela trajet�ria da presidente, que foi militante do grupo guerrilheiro clandestino Vanguarda Popular Revolucion�ria durante o regime militar, a l�der brasileira n�o deve deixar de dar sua opini�o sobre o tema.

"O Brasil conseguiu deixar para tr�s seu passado autorit�rio. Por isso, at� por seu hist�rico pessoal, espero que ela decida n�o ignorar o assunto", comenta, comparando-a com a chanceler alem�, Angela Merkel, que tamb�m levantou o tema de direitos humanos em um encontro com Putin, questionando a pena de dois anos de pris�o dadas a duas integrantes do grupo feminista punk Puyssy Riot por causa de um protesto contra o governo em uma catedral de Moscou.

Merkel cresceu na Alemanha Oriental, sob o regime comunista, e participou do movimento de transi��o democr�tica, em 1989, que levou � derrubada do Muro de Berlim e � reunifica��o da Alemanha.

A despeito da pol�tica brasileira de procurar n�o interferir em assuntos internos de outros pa�ses, Brener acredita que o Brasil pode encontrar sua "pr�pria maneira" de levantar o tema, tanto em entrevistas com jornalistas como em reuni�es com o governo russo.

A organiza��o de direitos humanos brasileira Conectas divulgou um comunicado pouco antes da viagem de Dilma pedindo que o tema dos direitos humanos na R�ssia conste da agenda da l�der brasileira em Moscou "de forma priorit�ria". A entidade afirma que h� diversas manifesta��es preocupantes que atualmente est�o sendo colocadas em pr�tica na R�ssia.

"Entre essas, est�o o cerceamentos � liberdade de associa��o e express�o, persegui��o de defensores de direitos humanos e minorias religiosas e tortura policial em larga escala. Dado o processo de consolida��o do Estado Democr�tico de Direito que temos tra�ado no Brasil e a defesa crescente da promo��o e prote��o dos direitos humanos, os desafios neste campo n�o podem ser negligenciado na agenda internacional do Pa�s."

O documento da Conectas afirma ainda que, por serem, como integrantes do bloco Brics (o grupo de na��es emergentes formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), esses pa�ses possuem um papel primordial na promo��o internacional dos direitos humanos.


Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir