Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-12-2012

Presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas contesta ranking do CNJ
Alagoas aparece na lista como o pior Judiciário do país. Sebastião Costa Filho rebate critérios usados na avaliação.
Presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas contesta ranking do CNJ
Foto: www.bahianoticias.com.br

Em nota oficial encaminhada à imprensa na tarde desta quarta-feira (19) o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Sebastião Costa Filho, contestou os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pontuou o judiciário alagoano como pior do país em comparação aos Tribunais de Justiça dos demais estados da federação brasileira.

Na ocasião, ao rebater os números levantados pelo Departamento de Gestão Estratégica (DGE), que foi elaborado sob a supervisão da Comissão de Estratégia, Estatística e Orçamento do CNJ, Sebastião Costa Filho, ao justificar que o conceito de gestão estratégica defendido pelo parecer diverge da amplitude da gestão pública, explicou que "a questão posta passa por amplos investimentos em capacitação, contratação de servidores e estruturação de um novo setor no Tribunal de Justiça, qual seja o Escritório de Gerenciamento de Projetos da instituição. Situação que não se resolve em um biênio".

Na sequência, o presidente do TJ/AL expõe que "ao deparar-me com tal situação, mesmo enfrentando dificuldades orçamentarias do limite legal de gastos para a contratação de pessoal, determinei a realização de concurso público, com foco em profissionais da área de gestão, uma vez que o último certame para servidores do Tribunal de Justiça aconteceu no ano de 1989".

E que "depois de intenso trabalho e ajuste de despesas, empossei mais de 100 servidores aprovados em concurso público. Paralelo a isso, após a eleição da nova cúpula diretiva desta Corte para o biênio 2013/2014, franqueei o acesso dos novos dirigentes a todas as informações para a elaboração do seu Plano de Gestão e, inclusive, promovendo a revisão da estratégia do Tribunal de Justiça", relatou Sebastião Costa Filho.

Na oportunidade, o magistrado ainda enfatizou que diante das informações levadas a público, ele garante à sociedade alagoana que "que importantes passos foram dados no sentido de pavimentar a construção de uma nova realidade, baseada em gestão estratégica, medição e avaliação de indicadores, foco em resultado e gerenciamento de projetos" dentro do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Ranking
No ranking do Conselho Nacional de Justiça as posições dos judiciários estaduais, Alagoas pontuou em último atingindo apenas 2% diante de questões estabelecidas pela Resolução n° 70 do CNJ, que rege sobre Gestão Estratégica do poder Judiciário.

O ranking foi elaborado pelo Departamento de Gestão Estratégica (DGE), sob a supervisão da Comissão de Estratégia, Estatística e Orçamento do CNJ, presidida pelo conselheiro Carlos Alberto Reis de Paula.

O levantamento foi feito entre 27 de agosto e 14 de setembro para subsidiar o VI Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em 5 e 6 de novembro último, em Aracaju/SE. No evento, foram fixadas recomendações de melhoria de gestão para os tribunais brasileiros a serem alcançadas no próximo ano.

O diretor do DGE, Ivan Bonifácio, explicou que o ranking foi feito para todos os ramos do Poder Judiciário. De acordo com ele, o levantamento levou em consideração as seis perspectivas estabelecidas pela Resolução n. 70, de março de 2009.

O primeiro diz respeito ao "envolvimento da alta administração" – ou seja, o comprometimento do presidente, vice-presidente, corregedor, entre outros que ocupam cargos de direção – com os objetivos estratégicos, os resultados e a adoção de inovações ou melhorias voltadas à modernização dos serviços.

O segundo critério avaliado foi a "gestão participativa" – ou seja, se os colaboradores participam da elaboração e da execução do planejamento estratégico das cortes. Segundo Bonifácio, o estudo aferiu ainda a "estrutura organizacional, tecnológica e de capacitação para estratégia", o "planejamento da estratégia", a "comunicação da estratégia" e o "monitoramento e a execução da estratégia".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir