Categoria Economia  Noticia Atualizada em 24-01-2013

Dilma anuncia redução na conta de luz com desconto maior que previsto
Para os consumidores residenciais, em vez de 16%, a conta vai cair 18%. E para a indústria, agricultura, comércio e setor de serviços, passou de 28% para até 32%.
Dilma anuncia redução na conta de luz com desconto maior que previsto
Foto: www.infonet.com.br

A conta de luz vai ficar mais barata a partir desta quinta-feira (24). A presidente Dilma Rousseff confirmou, na quarta à noite, um desconto maior do que o que foi anunciado no ano passado. E a redução vale para a indústria e para o consumidor residencial.

Ao anunciar a redução, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o pronunciamento para responder aos que, segundo ela, se precipitaram com previsões sem fundamento de que o governo não conseguiria reduzir as tarifas e alarmistas sobre o risco de racionamento. E completou: "Essas previsões fracassaram".

A redução na tarifa de energia será um pouco maior do que foi anunciado em setembro. Para os consumidores residenciais, em vez de 16%, a conta vai cair 18%. E para a indústria, agricultura, comércio e setor de serviços, passou de 28% para até 32%.

A presidente Dilma Rousseff convocou cadeia nacional de rádio e TV para confirmar a queda. "Além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda economia do país", disse Dilma.

Economistas avaliam que a medida pode estimular investimentos na indústria e, consequentemente, o crescimento da economia. Mas para alguns pode ajudar a diminuir o impacto sobre a inflação de um eventual aumento no preço da gasolina, como quer a Petrobras.

Para bancar a queda no custo da tarifa, o governo vai gastar R$ 19 bilhões em indenizações às empresas do setor elétrico e mais R$ 3 bilhões por ano para um fundo criado para compensar reduções de encargos.

O economista José Matias Pereira lembra que o dinheiro vai sair do Tesouro Nacional, ou seja, o contribuinte também ajuda a pagar a conta. "Qualquer recurso que saia do tesouro é recurso de pagamento de tributo. O Estado não cria riqueza. É o setor privado que paga o tributo", afirma o professor de Economia da UNB.

Mas ainda assim, ele diz que a medida é positiva, principalmente para as indústrias. "É uma decisão adequada, mas tardia. O setor industrial está perdendo competitividade e já vem desde 2010", ressalta José Matias Pereira.

Ainda durante o pronunciamento, de oito minutos, a presidente descartou a possibilidade de racionamento no curto, no médio e no longo prazo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir