Categoria Policia  Noticia Atualizada em 15-02-2013

Dono de boate suspeito de tráfico humano deve se entregar no PA
Donos do estabelecimento podem depor ainda nesta sexta, 15. Polícia investiga envolvimento de proprietária de boates em SC e PR.
Dono de boate suspeito de tráfico humano deve se entregar no PA
Foto: g1.globo.com

Os advogados dos donos da boate suspeitos de envolvimento no crime de tráfico humano no Pará compareceram hoje na delegacia de Altamira, sudoeste do estado. Eles negociam com o delegado que apura o caso, Cristiano Marcelo, o melhor momento para que os suspeitos possam comparecer à delegacia para prestar esclarecimento sobre o flagrante feito pela polícia na última quarta-feira (14), quando uma adolescente, três mulheres e um travesti foram encontradas em uma boate do município após terem sido aliciadas em estados do sul do país. Segundo o Conselho Tutelar, as vítimas seriam obrigadas a se prostituir para pagar dívidas com os donos do estabelecimento.

Dois homens foram presos durante a operação policial, que libertou outras 13 pessoas na quinta-feira (14) em situação semelhante a das primeiras vítimas localizadas pela polícia após denúncia do Conselho Tutelar de Altamira. A polícia solicitou que as 18 pessoas libertadas entrassem num programa de proteção a testemunhas.

Os policiais investigam ainda o envolvimento de uma quinta pessoa no esquema de aliciamento. Ela seria proprietária de boates nos estados de Santa Catarina e Paraná, e seria a responsável por convencer as jovens a viajarem para o Pará, com a promessa de um trabalho com remuneração de R$ 14 mil por semana.

Entenda o caso
A exploração sexual foi denunciada por uma adolescente de 16 anos que conseguiu fugir de uma das boates e procurou o conselho tutelar de Altamira. De acordo com o conselho, as jovens vinham de municípios dos estados sul do país, como Santa Catarina e Paraná, para trabalharem em boates de Vitória do Xingu com a promessa de uma remuneração de R$ 14 mil por semana, mas ao chegarem no Pará eram mantidas em cárcere privado e sob constante vigilância de homens armados, sendo obrigadas a se prostutuir para pagar dívidas. O caso está sendo apurado pela delegacia de Vitória do Xingu, que realiza uma grande operação na região de Altamira para fechar estabelecimentos irregulares.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir