Categoria Acidente  Noticia Atualizada em 19-02-2013

"Eu tenho vegetado", lamenta mãe de Grazielly um ano após morte da filha
Pais da menina, que morreu em Bertioga, jogaram pétalas de rosas no mar. Em frente ao Fórum, casal pediu agilidade para a resolução do caso.

Foto: g1.globo.com

O acidente que provocou a morte da menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, completou um ano nesta segunda-feira (18). Ela foi atingida por uma moto aquática na praia de Guaratuba, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Os pais da menina saíram de Artur Nogueira, onde moram, no interior de São Paulo, e vieram para Bertioga. Eles realizaram uma caminhada e pediram justiça.

Parentes e amigos da família foram até o Fórum de Bertioga com camisas com a foto da menina e fizeram uma passeata com cartazes pelas ruas da cidade. Os pais de Grazielly, Cirleide e Gilson Lames, também foram em um pier e jogaram bexigas e pétalas de rosas no mar em homenagem à menina. Segundo os pais, há um ano a vida não possui mais nenhum sentido."Eu tenho vegetado. A minha filha era tudo para mim, eu vivia em pró da minha filha e hoje eu não sou mais ninguém", diz a mãe. O pai de Grazielly também falou da perda da filha. "Cada dia superando a dor que cada dia só vai aumentando no coração da gente, dentro do peito. Você tem certeza que nunca mais vai ver o seu ente querido, é difícil", disse Gilson.

Os pais da menina também falaram sobre o andamento do processo judicial. "A gente quer uma resposta da Justiça. Já se passou um ano e até agora nada. Eu quero só o que for justo, o que for certo, porque a minha filha não morreu simplesmente. Alguém tirou a vida da minha filha. Então eu busco a Justiça", disse Cirleide.

O adolescente que atropelou a garota responde a um processo na vara da infância e da juventude. Já o dono da moto aquática, o dono da marina e o mecânico são réus em outro processo. Várias testemunhas foram ouvidas em agosto do ano passado, mas o juíz do caso mudou e foi decretado o segredo de justiça.

José Beraldo, o advogado da família de Grazielly, quer agilidade. Ainda falta coletar depoimentos de turistas que moram em outras cidades. Algumas cartas precatórias ainda não chegaram e, só depois disso, os acusados serão ouvidos. "Nós queremos que esse caso seja julgado. Nós queremos a força da lei para que a lei se faça presente para que esse caso não fique impune. Nós queremos um julgamento ainda este ano", disse ele.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir