Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-02-2013

Porto Rico nega direito de adoção a casais gays após marcha com 200 mil
O Tribunal Supremo de Porto Rico divulgou nesta quarta-feira uma sentença que reafirma a proibição a casais homossexuais de adotarem crianças na ilha.
Porto Rico nega direito de adoção a casais gays após marcha com 200 mil

A votação ocorreu após uma marcha contra direitos gays que reuniu mais de 200 mil pessoas na capital San Juan na última segunda-feira. As informações são do jornal El Vocero.

A votação foi encerrada com o placar de 5 a 4. O assunto virou tema de debate no país por conta do caso de uma mulher que pretende adotar a filha que sua companheira teve por um processo de fertilização in vitro. A lei apenas permite adoções de casais formados por um homem e uma mulher.

Na segunda-feira, mais de 200 mil pessoas, a maioria integrante de grupos ligados a entidades cristãs, se reuniram na frente do Congresso de San Jaun e impediram o tráfego de carros para protestar contra a extensão de direitos de casais heterossexuais para os homossexuais.

Além do caso da adoção, foi criticado na manifestação o projeto de revisão da lei que protege casais gays contra a violência doméstica. Atualmente, uma pessoa que se relaciona com outra de mesmo sexo não tem o direito de reclamar na Justiça caso seja agredida pelo parceiro.

"Nos preocupamos que essas leis sejam criadas para discriminar valores da Igreja. Nos preocupamos que as escolas públicas mudem nossas crianças e ensinem comportamentos que os pais não acham corretos. Nossa marcha mostra ao governo que eles não podem mudar questões de casamento e família", declarou o pastor Cesar Vazquez Muñiz, porta-voz do grupo "Porto Rico para Famílias".

"Nós escolhemos nossos políticos para fazerem outras coisas mais importantes, como melhorar a economia, diminuir a criminalidade ou solucionar problemas de saúde. Não para mudar algo fundamental como casamento, que deve ser entre um homem e uma mulher, ou uma família, que deve sempre nascer dessa relação", completou Vazquez.

Pedro Julio Serrano, ativista de direitos humanos, disse considerar a marcha "cheia de ódio e intolerância". Em novembro do último ano, Porto Rico, um departamento ultramarino dos Estados Unidos, decidiu em referendo se tornar o 51º Estado americano. O protesto com mais de 200 mil pessoas já é considerado o maior da história americana sobre sexualidade.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir