Categoria Acidente  Noticia Atualizada em 02-03-2013

"Não há explicação", diz irmão de afogada durante aula de natação
Jovem tinha 27 anos e morreu em uma piscina pública de Santos. Prefeitura afirma que vítima passou mal, mas foi prontamente atendida.

Foto: g1.globo.com

Nenhuma explicação foi dada para a família de Camila Costa Lima, de 27 anos, que morreu após passar mal durante uma aula de natação e hidroginástica na piscina pública do Centro Esportivo da Zona Noroeste, em Santos, no litoral de São Paulo. A informação foi passada pelo irmão da vítima, Valmir Costa Lima, que garante não ter recebido nenhum contato para falar sobre o assunto.
Segundo Lima, os pais de Camila não conseguem falar sobre o caso, já que estão bastante abalados com a morte da jovem. Ele reclama que, até o momento, a Prefeitura de Santos não procurou a família. "Só no hospital um dos responsáveis pelo centro esportivo veio falar o que tinha acontecido, porque a professora que acompanhou minha irmã até o pronto-socorro também passou mal", lembra Valmir.

O irmão conta que ficou sabendo do acidente pela mãe, que recebeu uma ligação de funcionários do centro esportivo. Segundo Valmir, Camila estava bem, sem apresentar nenhum problema de saúde após as complicações cardíacas que teve há seis anos, quando passou por uma cirurgia. "O médico do INSS brincava com a minha irmã, dizendo que ela tinha que voltar a trabalhar, porque estava bem de saúde", diz Valmir.
Para Valmir, o afogamento poderia ter sido evitado se tivessem prestado atenção na garota. "A professora de natação disse que notou que ela não estava fazendo os movimentos corretos durante a aula e que, quando ela viu, minha irmã estava boiando com a cabeça abaixada dentro da água", explica.
Segundo o irmão da vítima, o Samu foi chamado e demorou cerca de 10 minutos para chegar ao centro esportivo. O irmão garante que a jovem já chegou morta ao pronto-socorro, informação contestada pela prefeitura, que afirma que ela chegou com vida ao hospital. "No atestado de óbito está que ela morreu por asfixia mecânica, ingestão de líquido e afogamento", finaliza.
Outro lado
A Secretaria de Esportes de Santos informou, por meio de nota, que Camila tinha atestado médico emitido em janeiro de 2013, assinado por um médico do Serviço de Cardiologia da Santa Casa de Santos, que lhe permitia a realização da atividade física.

A secretaria esclarece ainda que, devido ao histórico de saúde, Camila foi encaminhada pelo Serviço de Recuperação e Fisioterapia da Secretaria de Saúde, e que a atividade esportiva é realizada com um professor para cada três pessoas, critério adotado para dar maior assistência ao aluno. Quanto ao incidente com a jovem, a Prefeitura afirma que a aluna teve um mal súbito na piscina e foi atendida imediatamente pelo professor que dava a aula e pelo guarda-vidas de plantão.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir