Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-03-2013

MG: advogado de Bola protocola pedido para troca de testemunhas
O advogado de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, esteve no F�rum de Contagem (MG) na manh� desta segunda-feira, antes do in�cio do julgamento do goleiro Bruno e da ex-mulher do atleta, Dayanne do Carmo.
MG: advogado de Bola protocola pedido para troca de testemunhas
Foto: noticias.terra.com.br

�rcio Quaresma disse que foi ao local para protocolar o pedido para troca de uma das testemunhas do julgamento de seu cliente, marcado para o dia 22 de abril. O comboio com Bruno e Dayanne chegou ao F�rum por volta das 8h20.

O advogado tamb�m disse que ir� solicitar a quebra de sigilo do seu telefone. O motivo seria a reportagem de um jornal de Belo Horizonte que divulgou que Quaresma teria ido a Santos no primeiro semestre de 2010 para subornar policiais que haviam prendido o Bola na cidade paulista. Segundo a reportagem, baseada em informa��es do Minist�rio P�blico, Bola teria ido a Santos para matar Eliza, mas teria sido preso com a arma. Quaresma ent�o teria ido l� para subornar policiais para liber�-lo.

O defensor de Bola informou que tamb�m ir� questionar a investiga��o policial que apontou o Bola como executor de Eliza, j� que o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro solicitou � Pol�cia Civil uma nova investiga��o sobre dois policiais que tamb�m teriam participado do crime e que n�o foram indiciados. "O que a gente quer saber � como que os delegados Wagner Pinto, Alessandra Wilke e Edson Moreira investigaram durante quatro meses o desaparecimento dessa mo�a e agora com os r�us j� sendo julgados vem o promotor e diz que mais duas pessoas participaram do crime", ressaltou.

Quaresma diz que tentar� provar ainda que o cliente n�o participou da morte de Eliza Samudio e que teria, inclusive, um v�deo no qual o primo de Bruno, Jorge Lu�s Rosa, o primeiro a denunciar o crime, teria pedido desculpas a Bola por incrimin�-lo.

Desde o in�cio da manh�, a movimenta��o de advogados e jornalistas � grande em frente ao F�rum onde ir� ocorrer o julgamento. O tr�nsito no entorno est� isolado e o policiamento foi refor�ado. Ao todo, 12 testemunhas est�o arroladas.

Protesto
Um protesto solit�rio movimentou as redondezas. O empres�rio Andr� Luiz, que chegou ontem � Contagem. Vindo de S�o Paulo, ele est� no local com cartazes pendurados pelo corpo e contou que j� percorreu v�rios julgamentos de casos famosos, como Realengo, Elo� e Gil Rugai.

O objetivo do manifestante � alertar para a viol�ncia contra as mulheres. Ele tamb�m considerou que, se Bruno for culpado, que seja condenado a uma pena "justa".

O caso Bruno
Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria sa�do do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante paranaense j� havia procurado a pol�cia para dizer que estava gr�vida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse rem�dios abortivos. Ap�s o nascimento da crian�a, Eliza acionou a Justi�a para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a pol�cia recebeu den�ncias an�nimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele at� a morte no s�tio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a pol�cia foi ao local e recebeu a informa��o de que o beb� apontado como filho do atleta, ent�o com 4 meses, estava l�. A ent�o mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presen�a da crian�a na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeir�o das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a pol�cia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo den�ncias an�nimas, em entrevista a uma r�dio no dia 6 de julho, um motorista de �nibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele � primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participa��o no crime. Segundo a pol�cia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Nen�m, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus c�es.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Ap�s serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, acusado de participar do crime, se entregaram � pol�cia. Pouco depois, Fl�vio Caetano de Ara�jo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e S�rgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, tamb�m foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participa��o e se recusaram a prestar depoimento � pol�cia, decidindo falar apenas em ju�zo.

No dia 30 de julho, a Pol�cia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. Al�m dos oito que foram presos inicialmente, a investiga��o apontou a participa��o de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que tamb�m foi indiciada e detida. O Minist�rio P�blico concordou com o relat�rio policial e ofereceu den�ncia � Justi�a, que aceitou e tornou r�us todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participa��o no crime e cumprir� medida socioeducativa de interna��o por prazo indeterminado.

No in�cio de dezembro, Bruno e Macarr�o foram condenados pelo sequestro e agress�o a Eliza, em outubro de 2009, pela Justi�a do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de pris�o por c�rcere privado, les�o corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, tr�s anos de reclus�o por c�rcere privado. Em 17 de dezembro, a Justi�a mineira decidiu que Bruno, Macarr�o, S�rgio Rosa Sales e Bola seriam levados a j�ri popular por homic�dio triplamente qualificado, sendo que o �ltimo responder� tamb�m por oculta��o de cad�ver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson tamb�m ir�o a j�ri popular, mas por sequestro e c�rcere privado. Al�m disso, a ju�za decidiu pela revoga��o da pris�o preventiva dos quatro. Fl�vio, que j� havia sido libertado ap�s ser exclu�do do pedido de MP para levar os r�us a j�ri popular, foi absolvido. Al�m disso, nenhum deles responder� pelo crime de corrup��o de menores.

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado in�cio ao julgamento de Bruno, Bola, Macarr�o, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, ap�s mudan�as na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. Bruno ser� julgado em mar�o junto a outros dois acusados: o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que � acusado como autor do homic�dio, e Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser c�mplice no crime.

No dia 22 de novembro de 2012, durante depoimento de cinco horas, Macarr�o responsabilizou Bruno pelo sumi�o de Eliza. Dois dias depois, o j�ri condenou Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, a 15 anos de pris�o, e Fernanda Gomes de Castro a cinco anos.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir