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Motorista que atropelou ciclista na Avenida Paulista passa noite em DP

Acidente ocorreu na manh� deste domingo e amputou bra�o da v�tima. Motorista fugiu do local e jogou bra�o amputado em rio.
Motorista que atropelou ciclista na Avenida Paulista passa noite em DP

Foto: virgula.uol.com.br

O motorista Alex Siwek, de 22 anos, que atropelou o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos, na Avenida Paulista neste domingo (10), passou a noite na carceragem do 2� Distrito Policial de S�o Paulo, no Bom Retiro.

Segundo o delegado Luiz Francisco Segantin J�nior, Siwek responder� por tentativa de homic�dio doloso, fuga do local, embriaguez ao volante e por ter, segundo a pol�cia , "inovado no cen�rio ao tentar se desfazer do bra�o da v�tima."

De acordo com o delegado, ainda n�o h� possibilidade de fian�a. Segantin J�nior disse que o motorista n�o quis falar sobre o acidente durante depoimento na delegacia. Ele tamb�m se recusou a fazer exame de sangue, mas passou por exame cl�nico. O laudo dever� sair nos pr�ximos dias.

O advogado de Siwek, C�ssio Paoletti, afirmou que seu cliente tem bons antecedentes e considerou pesado o enquadramento dado pela pol�cia. Ele disse que vai levar informa��es ao f�rum nesta segunda-feira (11) para que a Justi�a decida qual a melhor forma de conduzir o caso.

O acidente ocorreu por volta das 5h30, quando o ciclista que trafegava no sentido Para�so da Avenida Paulista foi atropelado pr�ximo ao Metr� Brigadeiro. No acidente, o bra�o direito da v�tima foi amputado. No hor�rio em que ocorreu o acidente, a ciclofaixa de lazer ainda estava desativada. O motorista fugiu do local sem prestar socorro. O rapaz foi socorrido pelos bombeiros e levado para o Hospital das Cl�nicas, onde segue internado em estado est�vel.

Segundo a pol�cia , ap�s o acidente o motorista ficou atordoado, complemente sem no��o do que estava fazendo. Ao se apresentar a policiais de uma unidade no bairro da Sa�de, na Zona Sul, contou que atropelou algu�m e teria dito: "me prende, me prende."

Na descri��o da pol�cia, Siwek estava dentro de um Honda Fit ao lado de um amigo quando o acidente ocorreu. O ciclista foi atropelado por tr�s e lan�ado sobre a frente do ve�culo. O bra�o direito do ciclista foi amputado por estilha�os de vidro do p�ra-brisa e permaneceu preso ao ve�culo.

O motorista fugiu do local, deixou o amigo em casa e depois foi � Avenida Ricardo Jafet, de onde lan�ou o bra�o amputado da v�tima em um c�rrego. Depois, voltou � pr�pria casa, guardou o carro na garagem e dirigiu-se a p� � unidade policial para se entregar.

Segundo o delegado, testemunhas disseram que o motorista dirigia em velocidade incompat�vel com o local, em zigue-zague, entrando e saindo da faixa reservada ao tr�fego de bicicletas.

A pol�cia busca imagens do acidente. Tamb�m aguardada uma pessoa que presenciou o fato e socorreu o ciclista. Para o delegado, a apresenta��o do motorista n�o altera a gravidade do evento.

A pol�cia ouviu o amigo do motorista e o liberou. Tamb�m ouviu duas testemunhas que ocupavam um carro paralelo ao do motorista e que ajudaram a socorrer a v�tima. Os policiais que receberam o motorista dever�o ser ouvidos. O carro envolvido no acidente passou por per�cia, mas n�o foi apreendido.

Defesa
O advogado do motorista, Pablo Naves Testoni, disse � noite que o rapaz � filho �nico, tem comportamento excelente e nunca teve nenhum problema criminal na vida. "O que me parece � que estamos diante de um acidente terr�vel", afirmou.

Questionado se o motorista teria mesmo ingerido bebida alco�lica e estaria embriagado, o advogado respondeu que os rapazes chegaram a uma balada no Brookin � 0h30. Segundo o advogado, Siwek contou que bebeu quatro cervejas.

"Jamais passou pela cabe�a dele atropelar ou causar qualquer les�o a uma pessoa . Essas circunst�ncias ser�o elucidadas pela justi�a e ele se reservou o direito de s� se manifestar no Judici�rio", afirmou o advogado.

Questionado se o enquadramento de seu cliente foi muito pesado, o advogado respondeu. "Sem d�vida nenhuma. Os crimes dolosos, sobretudo contra a vida, t�m penas alt�ssimas", afirmou.

Mais cedo, outro advogado do motorista, C�ssio Paoletti, disse que o cliente n�o prestou socorro � v�tima porque temeu a rea��o de pessoas que estavam pr�ximas ao local do acidente.

"Segundo ele, ele temia pela conduta dos que estavam ali presentes", disse o advogado, sobre o fato de o motorista n�o ter prestado socorro � v�tima.

Questionado sobre o motivo de o jovem ter se desfeito do bra�o da v�tima, ele disse: "Eu n�o posso entender. Como ser humano eu estou absolutamente chocado com isso. Eu acredito que foi um lampejo de consci�ncia que o levou � pol�cia", disse o advogado C�ssio Paoletti.

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir