Categoria Politica  Noticia Atualizada em 11-03-2013

Maduro e Capriles se enfrentarão nas eleições após morte de Chávez
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, e o líder da oposição Henrique Capriles se enfrentarão nas eleições do dia 14 de abril, que vão decidir quem terminará o mandato do falecido presidente Hugo Chávez em 2019.
Maduro e Capriles se enfrentarão nas eleições após morte de Chávez
Foto: www.abola.pt

Maduro foi nomeado candidato há três meses por Chávez, quando pela primeira vez este assumiu publicamente a possibilidade de sua morte por um câncer diagnosticado 20 meses antes. Capriles aceitou o desafio neste domingo, um dia após ter recebido a proposta da aliança partidária de oposição, a Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Capriles representou à MUD nas eleições vencidas por Chávez no dia 7 de outubro, nas quais sucumbiu com o apoio de 6,6 milhões de venezuelanos (44,31% dos votos), frente aos 8,2 milhões (55,07%) de votos do governante falecido.

O líder opositor aceitou a nova candidatura da MUD e fez acusações a Maduro, garantindo que "ele mentiu para o país durante os últimos meses" sobre a gravidade do câncer que matou Chávez.

"Quem sabe quando morreu o presidente Chávez?", se perguntou Capriles, ao lembrar que o vice-presidente do Executivo afirmou que teve uma reunião de trabalho de mais de cinco horas com Chávez no dia 23 de fevereiro.

"Eu não brinco com a morte, eu não brinco com a dor", afirmou e ressaltou: "Nicolás, eu não vou deixar o seu caminho livre. Companheiro, você terá que me derrotar nas urnas e vou lutar com estas mãos por cada voto, custe o que custar".

Capriles, que também é governador do estado Miranda, que abrange parte de Caracas, fez um pronunciamento à imprensa anunciando que na segunda-feira pela tarde fará a inscrição da sua candidatura no Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O governador de Miranda disse que não haverá nenhuma concentração de seguidores, "em respeito ao luto" decretado no país pela morte de Chávez.

Os dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fundado por Chávez, anunciaram por sua vez que Maduro cumprirá com os trâmites no CNE, no centro de Caracas, com "uma grande" manifestação.

Além de convocar as eleições para o dia 14 de abril, o CNE estabeleceu um cronograma que prevê uma campanha de apenas nove dias, entre 2 e 11 desse mesmo mês, e com o mesmo registro eleitoral de outubro (19 milhões de eleitores), dos quais 15,1 milhões compareceram às urnas.

Maduro anunciou hoje que irá atrás dos votos de Chávez, após admitir que "uma coisa" é ser chavista e outra "que alguém possa acreditar que Nicolás Maduro seja Chávez".

"Todos juntos somos Chávez e separadamente não somos nada e podemos perder tudo", advertiu em reunião do Partido Comunista (PCV), em que aceitou o apoio do grupo político a sua candidatura.

Maduro reconheceu que é "óbvio" que ele não é Chávez, "falando estritamente da inteligência, do carisma, da força histórica, da capacidade de condução e comando, da grandeza espiritual" dele, mas que necessita da "unidade das forças revolucionárias" para continuar a Revolução Bolivariana.

"Eu não estou neste cargo de presidente interino nem vou ser presidente da República a partir do próximo dia 15 de abril por vaidade ou aspirações pessoais. Necessito do apoio do povo, de todas as forças revolucionárias", insistiu.

Após jurar manter e aprofundar a "Revolução Bolivariana", como Chávez chamou a sua gestão de 14 anos, Maduro aceitou críticas ao governo feitas por Óscar Figuerado, secretário-geral do comitê central do PCV.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir