Categoria Cine Via Sul  Noticia Atualizada em 15-03-2013

Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer
Na nova trama, Bruce Willis volta a entrar na pele do policial John McClane e, dessa vez, viaja at� Moscou, para uma miss�o internacional. Nesse filme, Jack, filho de John, � apresentado e parece ser t�o dur�o quanto o pai. Com um relacionamento complicad
Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer

Mais de duas d�cadas depois do primeiro Yippee-ki-yay proferido pelo "caub�i americano" para provocar o russo Hans Gruber (Alan Rickman) em Duro de Matar (1988), eis que o bom e velho John McClane (Bruce Willis ) est� de volta em 2013, resgatando - de alguma forma - essa antiga rixa entre Estados Unidos e R�ssia. E isso � bom? A resposta tem liga��o direta com o que voc� procura ao se interessar por um t�tulo como esse. E se a busca � por divers�o conjugada com a��o ininterrupta, pode separar o dindin porque o ingresso vale o que est� escrito.

Sob o pretexto de explorar um fiapo de hist�ria tamb�m do filme original, quando uma foto da fam�lia do her�i exibia um casal de filhos pequenos, Duro de Matar - Um Bom Dia para Morrer mergulha nesse (quase) sempre complicado relacionamento entre filho e pai, ainda mais quando esse �ltimo � da pol�cia, meio ausente coisa e tal. Dito isso, McClane descobre que o filh�o j� adulto (Jai Courtney), que ele n�o v� e n�o fala h� um temp�o, foi preso na R�ssia. Ele corre l� para tirar isso a limpo, e acaba se deparando com uma trama regada a resqu�cios da antiga Uni�o Sovi�tica e da usina nuclear de Chernobyl. Ou seja, n�o � preciso um contador Geiger para detectar que a dupla vai tocar o maior rebu no peda�o.

Para a turma que j� conhece o estil�o do policial nova-iorquino, est�o l� todos os trejeitos e o sarcasmo que fizeram escola no cinema de a��o da d�cada de 80 e hoje marcam presen�a na cartilha de muito ator, aspirante a astro no g�nero. Logo no come�o, Willis contracena com a figura�a Pavel/Pasha Lychnikoff, ator russo que j� bateu ponto em diversas produ��es como vil�o, e nesta mostra talento para o humor. O momento se passa dentro de um t�xi ao som de "New York, New York", eternizada na voz de Sinatra, aqui engra�adamente cantada com sotaque do velho continente. Da� em diante, s�o sequ�ncias insanas de a��o, com a mentirada comendo solta e, claro, com altas doses de licen�as criativas.

Assim, n�o faz o menor sentido ficar apontando falhas na continuidade, excessos do roteiro ou for�adas de barra para que determinadas situa��es se encaixem. Aqui tudo pode e cobrar realismo seria pura insanidade. Quando o assunto � persegui��o de carros, a destrui��o � em massa. Se voc� est� mirando nos tiroteios, muni��o � o que n�o falta. E se o deboche � o sarro que te d� prazer, divirta-se com piadas sobre velhice, calv�cie (olha o realismo a�, gente!), os anos 80, James Bond e por a� vai.

Entre as curiosidade, tem m�sica brasileira em momento "sacaninha" e um emblem�tico CCCP, tatuado nas costas de um dos vil�es, poderia ser melhor aproveitado para simbolizar a eterna rivalidade entre as pot�ncias: URSS x EUA. Portanto, um trocadilho inf�me como "� duro de n�o gostar" resumiria bem a divertida experi�ncia de assistir este longa, mas seria injusti�a deixar de citar que rolou uma qu�mica boa entre os atores e funcionou o papinho de pai pra filho antes, durante e depois da a��o. E o que se descobre na sala escura � que se ele n�o procura as encrencas, elas encontram ele e, em se tratando do cl� McClane, � tal pai, tal filho. A semente j� germinou. Que venha a sequ�ncia!

Fonte: Reda��o Maratimba.com
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir