Categoria Politica  Noticia Atualizada em 19-03-2013

Em evento com Delúbio, presidente do PT questiona provas do mensalão
Segundo Rui Falcão, o julgamento do STF ainda não terminou, e os recursos impetrados poderão fazer com que a decisão contra os réus mude.
Em evento com Delúbio, presidente do PT questiona provas do mensalão
Foto: noticias.terra.com.br

Homenageado durante sessão solene na Assembléia Legislativa de Goiás na noite desta segunda-feira (18) que comemorou os 33 anos do partido, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, falou, em entrevista a jornalistas presentes, sobre as conquistas do partido, como a eleição do primeiro operário, o ex-presidente Lula, e da primeira mulher, Dilma Rousseff, ao posto mais alto da política do País.

Destacou também que, nos 10 anos a frente da presidência da República, o PT tirou da miséria mais de 22 milhões de brasileiros da miséria extrema."É uma diferença crucial nestes 10 anos: o povo passou de assistente a participar dos processos, inclusive ajudando a formular políticas", avaliou. Falcão recebeu na solenidade a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, a maior honraria da Casa.

Em relação ao que é considerado por muitos como um dos maiores escândalos de corrupção do País, e uma nódoa na história petista, o mensalão, Falcão também adota o mesmo tom otimista. "Como qualquer partido formado por homens e mulheres que são falíveis, nós cometemos erros nesta trajetória de 33 anos, mas certamente muito mais acertos do que erros. E os nossos erros são tratados para que não se reincidam", começou dizendo.

Segundo o presidente nacional do PT, o julgamento do STF ainda não terminou, e os recursos impetrados poderão fazer com que a decisão contra os réus mude. "Nós esperamos que os recursos possam ser acatados. Consideramos que não houve quadrilha, apropriação de dinheiro público, ninguém enriqueceu pessoalmente", acredita.

Falcão diz que não houve provas para a condenação e que o direito de defesa foi cerceado. "No Brasil não há dupla jurisdição: este processo deveria ter sido desmembrado, remetido para a primeira instância, como foram outros. Na verdade se fez um julgamento político", argumentou.

Enquanto o presidente do PT concedia a entrevista, quem circulava com desenvoltura pelo evento era um dos réus condenados pelo STF no processo, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Muito à vontade, Delúbio era abraçado pelos petistas presentes e esteve presente em todas as rodinhas de conversas. Só não falou com a imprensa: "Não estou dando entrevistas", justificava.

Durante seu discurso, um dos idealizadores da sessão solene, o deputado estadual Mauro Rubem, fazendo uma deferência especial, registrou a presença de Delúbio no evento. Ao se levantar para acenar para os presentes, o ex-tesoureiro foi muito aplaudido.

Em entrevista, o presidente do PT metropolitano, o deputado Luis César Bueno, avalia que a população já deu seu veredicto sobre o escândalo do mensalão. "Nós sofremos muito. A população absolveu o PT quando reelegeu Lula e quando elegeu Dilma. Agora cabe ao Judiciário fazer a sua parte, e que o julgamento se conclua o quanto antes", disse.

Eleições
O presidente Rui Falcão também falou de eleições, e garantiu que o PT não antecipou o debate eleitoral. "Nós não estamos fazendo campanha eleitoral, estamos governando. É a oposição que começa a fazer balões de ensaio para lançar candidatos", assegurou. Ele destacou que em abril, o PT deflagrará uma campanha pela reforma política, defendendo propostas como o financiamento público exclusivo de campanha, listas e o fim das coligações proporcionais.

Ao falar ser questionado sobre o cenário político local, Falcão disse que o PT ainda vai conversar com aliados para decidir se lança ou não candidato ao governo, mas garante que o partido tem nomes a apresentar. O presidente nacional do PT, porém, não deixou de alfinetar o governador Marconi Perillo (PSDB), virtual principal adversário, caso dispute a reeleição em 2014.

"É importante que Goiás não continue a ser governado por alguém que está manchado pela corrupção", disse. "Sumiu do noticiário, mas o governador estava envolvido com Cachoeira, Demóstenes, e nós não temos nenhum problema em dizer isso. Tava na mídia, sumiu de repente", ainda acrescentou.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir