Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 22-03-2013

Opinião, política e boleba
“O melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum”, Abigail van Buren.
Opinião, política e boleba

De muitos poucos posso dizer isso. A máxima de que o poder muda as pessoas, para mim, não se encaixa em indivíduos que, por diversas circunstâncias, estão hoje com mandato. Não vou citar todos, mas um, em especial, precisa do meu depoimento, pois fomos criados, praticamente juntos.

Júlio César Ferrari Ceccotti, que mais uma vez tem a responsabilidade de comandar a Casa de Leis de Cachoeiro de Itapemirim-ES, vem sofrendo ataques pessoais do diretor do jornal Folha do Espírito Santo. Quanto a opinião do jornalista sobre quem quer que seja não vejo problema algum. Apenas o modo, forma e os motivos dos ataques me fazem repensar o papel de um formador de opinião. Mas isso não vem ao caso. É pano para outra manga.

Não tenho nada contra a opinião alheia. Respeito, mas posso não concordar. Júlio cresceu no bairro Arariguaba e mora até hoje há 20 metros da casa de meus pais. Dona Lourdes e Seu Antônio têm o maior orgulho do filho que conseguiu se eleger vereador e ser presidente da Câmara por duas vezes. Proeza de poucos.

Caso alguém pense que o menino que em 1982 estava com sua irmã, Angelita, na construção do terraço de minha casa brincando com a areia e a argamassa deixou de ser o rapaz esforçado e preocupado com as questões da região onde mora está enganado. A gravata lhe caiu bem, meu amigo, mas as piadas continuam péssimas.

É o mesmo. O herdeiro, não de Antônio Ceccotti, mas de meu pai, Oswaldo de Souza Moraes, ex-funcionário do Banco do Brasil, que em 1996 foi candidato a vereador e após a derrota nas urnas disse claro, alto e em bom tom que Júlio seria seu sucessor político. Meu pai não viveria o suficiente para ver seu pupilo vencer as eleições, mas as lágrimas de Ferrari quando me viu no ano em que foi eleito pela primeira vez denunciou sua reverência e humildade.

Lembro que nunca deixou de me convidar para um churrasco e que fazíamos exercício com seus alteres em cima da casa de seus pais. Eles dormindo e nós, junto com a molecada, fazendo barulho. Aquela coleção de bolebas atrás do tanque de sua mãe que é um ponto de interrogação. Para onde foram todas aquelas bolas de gude? Uma hora você me conta.

Como no triângulo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não mais se submetem aos disparates de um jogador que atira para todos os lados. Meu conselho é que encaçape os ataques e os tape. Outros jogos e jogadores aparecerão e o melhor é estar preparado, blindado como uma bilha.

Tenho muitas histórias para contar que não caberiam nessas linhas, mas o importante é que o "poder" não lhe modificou em nada. Todas as vezes que vem almoçar na casa de sua mãe pede e ouve opiniões da minha. Não nos encontramos muito, por motivos óbvios, trabalho. Eu com meus botões e ele continuando a ser como sempre foi.

Quanto à política já foi dito. Não há como agradar todo mundo e isso vale para todos. E que nem sempre conseguimos fazer tudo que queremos. Sobre o que dizem ou não, não me importo. Conheço, confio e continuo admirando sua trajetória vitoriosa ao lado de amigos queridos (alguns confrades) na Casa de Leis. Não quero nada! Apenas que continue sendo o mesmo de sempre. Só me conte onde foram parar as bolebas.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir