Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-03-2013

Tibetana ateia fogo ao próprio corpo em protesto contra controle chinês
Uma mulher tibetana, mãe de quatro filhos, morreu após atear fogo a si mesma na província chinesa de Sichuan, em protesto pelo "violento controle" que o regime comunista impõe na região, informou nesta segunda-feira a emissora Radio Free Asia (RFA).
Tibetana ateia fogo ao próprio corpo em protesto contra controle chinês

Kal Kyi, de 30 anos, morreu no ato após realizar um autoimolação ontem perto do mosteiro de Dzamthang, na cidade de Aba na citada província, o que eleva para 110 o número de incidentes deste tipo desde 2009, dos quais 90 resultaram na morte dos imolados.

Os moradores removeram o corpo de Kal e o transferiram para outro mosteiro próximo, o de Jonang, antes da chegada das forças de segurança chinesas, segundo a fonte.

De acordo com a RFA, que cita uma pessoa próxima a Kal, a mulher decidiu atear fogo a si mesma para denunciar a "violenta política que a China impõe ao Tibete e nas áreas com população tibetana".

Kal é a 16ª mulher a praticar a autoimolação desde o início da onda de protestos em fevereiro de 2006. Kal deixa três filhos e uma filha, todos menores de 15 anos.

Há apenas uma semana, Kunchok Wangmo, de 31 anos e moradora da mesma região, morreu após um protesto semelhante para pedir o retorno do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama.

Esta região se transformou ultimamente no epicentro destes atos de protesto, por isso a segurança e o controle das forças de segurança chinesas estão aumentando com a passagem dos dias, segundo a "RFA".

Três dias antes do protesto de Kunchok, o monge tibetano Lobsang Thokmey, de 28 anos, pôs fogo em seu próprio corpo no mosteiro de Kirti em Aba, no quinto aniversário dos piores distúrbios das últimas décadas no Tibete.

Pequim acusa o Dalai Lama e os grupos de apoio à independência tibetana no exílio de aplaudir e encorajar estas imolações, apesar de o líder espiritual e Prêmio Nobel da Paz em 1989 ter pedido o fim dos protestos suicidas.

A China garante que o Tibete é há séculos uma parte inseparável de seu território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi durante muito tempo virtualmente independente, até a ocupação das tropas chinesas em 1951.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir