Categoria Politica  Noticia Atualizada em 27-03-2013

Força-tarefa de líderes tentará convencer Feliciano a sair
Após cogitar esvaziar Comissão de Direitos Humanos, lideranças partidárias convidam deputado para reunião em que tentarão convencê-lo a renunciar.
Força-tarefa de líderes tentará convencer Feliciano a sair
Foto: noticias.gospelmais.com.br

Os líderes partidários da Câmara dos Deputados vão tentar, na próxima semana, convencer o deputado-pastor Marco Feliciano a renunciar ao comando da Comissão de Direitos Humanos. A decisão de formar a força-tarefa foi tomada nesta terça-feira, dia em que Feliciano ganhou o respaldo de seu partido, o PSC, que decidiu mantê-lo à frente da comissão. Em anúncio feito pelo vice-presidente da legenda, Everaldo Pereira, a bancada e a Executiva Nacional do PSC defenderam a permanência de Feliciano no cargo.

A bancada justificou a permanência de Feliciano com base em um histórico da aliança com o PT, que agora pressiona pela saída do pastor do cargo. Os dirigentes do PSC argumentaram que já apoiaram o PT em diversas eleições, incluindo a presidente Dilma Rousseff, em 2010.

Horas após o anúncio, as lideranças partidárias se reuniram por três horas com o líder do PSC, deputado André Moura (SE), e outros apoiadores de Feliciano para, segundo a Agência Brasil, convencê-los de que as controvérsias em relação ao pastor estão prejudicando não apenas a comissão, cujas reuniões têm sido interrompidas por manifestações contrárias ao deputado, mas também a imagem do Parlamento.

No fim da noite, após a reunião, convocada pelo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, ficou decidido que será feito um convite a Feliciano para uma reunião na terça-feira, às 11 horas. Se comparecer, será a primeira vez que Feliciano se reúne com os líderes desde que começou o impasse. Durante o encontro, os líderes tentarão convencer o pastor de que a sua permanência no comando da comissão é inviável e insustentável. "Aquele clima de radicalismo lá instalado, vindo de A, B ou C, não pode continuar. A comissão tem de se reunir, ter um quórum qualificado, tomar decisões, e a cada semana isso não está ocorrendo. Isso atinge a Casa e a instituição como um todo. É dever dele como presidente e dos partidos que lá têm seus representantes cuidarem para que isso volte a ocorrer", disse Henrique Alves, segundo a Agência Brasil.

Durante o encontro, as lideranças cogitaram esvaziar a comissão, retirado as indicações feitas para compor o colegiado e, dessa maneira, inviabilizar os trabalhos, forçando Feliciano a renunciar. Os parlamentares concluíram, contudo, que a bancada evangélica, que apoia o pastor, teria numero suficiente de deputados para iniciar os trabalhos e deliberar sobre os assuntos que chegarem à comissão.

Na reunião dos líderes, foi cogitada a possibilidade de esvaziamento da comissão. Ou seja, os líderes retirariam as indicações feitas para compor o colegiado a fim de inviabilizar os trabalhos e, com isso, forçar a renúncia do presidente. Contudo, foi identificado que deputados evangélicos têm número suficiente para iniciar os trabalho e também deliberar. Decidiu-se, então, pela reunião. "Não é nada em relação aos evangélicos, nem à sua conduta. São circunstâncias pessoais do comportamento de um parlamentar à frente da Comissão de Direitos Humanos. Ele terá a oportunidade, em uma reunião ampla, de dar as suas razões, explicar as suas posições e ouvir os questionamentos por parte dos líderes desta Casa", afirmou Alves.

Fonte: veja.abril.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir