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Manicure poderia ver menino morto no RJ como "obstáculo", di
Mãe disse em depoimento que nunca desconfiou do marido. Heraldo Bichara, o pai, deve depor na próxima semana.
Manicure poderia ver menino morto no RJ como

O delegado João Mario Omena, que investiga o caso da morte de João Felipe Bichara, de 6 anos, encontrado morto dentro de uma mala em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, na segunda-feira (25), acha que a criança poderia ser considerada um "obstáculo" para que a manicure Susana do Carmo Figueiredo, que confessou o crime, ficasse com o pai do menino, Heraldo Bichara Júnior.

"Os indícios apontam que o foco era o pai. Todo mundo sabe que marido e mulher se separam. O filho poderia ser um obstáculo para a Susana conquistar o pai. Acho que é por aí. Ela pode ter sido rejeitada por ele também", disse Omena.

Segundo o delegado, Aline Bichara, mãe de João Felipe, afirmou, em depoimento, que nunca desconfiou do marido. O delegado convocou Heraldo a depor na próxima semana, segunda (1°) ou terça-feira (2), e disse que Aline se apresentou espontaneamente na delegacia para pedir que o crime não ficasse impune.

"Inimigo estava ao lado"
"Se foi alguma coisa voltada para a mãe, só pode ser inveja. Porque elas eram amigas, confidentes. A Aline contava particularidades da vida dela. O inimigo estava do lado e ela não sabia", concluiu.

O taxista Rafael Fernandes, contratado pela manicure Susana do Carmo Figueiredo, que confessou a morte de João Felipe, contou a polícia, em depoimento na quarta-feira (27), que ouviu a voz de uma vizinha quando ligou para pedir que ela soltasse a criança. Segundo o delegado João Mário de Omena, que investiga o caso, a vizinha teria gritado ao fundo da ligação para que Susana liberasse o menino, mas a hipótese de que ela tenha tido participação no crime está descartada.

"Se essa vizinha soubesse que a criança estava morta dentro de uma mala logo ao lado da casa dela, ela não faria nenhum apelo para que a manicure soltasse o menino. É uma questão lógica. A Suzana fez tudo sozinha, arrumar um cúmplice só vai ajudar ela. Não cabe mais ninguém nessa ação. Se tivesse algum participante nisso tudo, ele teria abandonado ela", disse o delegado.

Logo após saber do sequestro e perceber que havia transportado a criança e a suspeita do assassinato, Rafael ligou para o telefone fixo, que fica na casa da vizinha e Susana tinha usado para chamá-lo, e questionou o que ela faria com João. Mesmo com convicção de que Suzana agiu sozinha, o delegado não descarta a possibilidade de convocar a vizinha a depor.

"Uma testemunha a mais não faz falta. Impede que a Suzana invente mais. Se tivesse escapado, ela iria embora e ninguém nunca mais a acharia. Ela não tem nada que a prenda lá [em Piraí]. Não tem emprego, residência alugada", explicou Omena.

Presa em Bangu

Susana, que está presa no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, confessou ter matado João Felipe na segunda (25), depois de ligar para a escola onde ele estudava se passando pela mãe, pedir para que ele fosse liberado da aula e colocado em um táxi. O garoto foi levado para o Hotel São Luís, onde acabou asfixiado. O corpo foi colocado em uma mala e achado pela polícia na casa de Susana. Uma das cinco versões dadas à polícia pela suspeita era de que o motivo do crime seria se vingar do pai da criança, com quem teria um relacionamento.

O delegado agora vai aguardar os laudos e pretende ouvir outras testemunhas na próxima semana, entre elas a camareira do hotel e os pais da criança.
Pai nega caso com manicure
O pai do menino, o empresário Heraldo Bichara Júnior, negou qualquer envolvimento com Sus

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Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir