Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-04-2013

"Que Deus console o meu coração", diz aluna de professora morta no DF
Estudantes e servidores prestaram homenagem nesta quarta-feira (3). Justiça determinou nesta terça quebra de sigilo telefônico do suspeito.

Foto: g1.globo.com

Servidores e alunos da Escola Clase 204 Sul prestaram na manhã desta quarta-feira (3) uma homenagem à professora Christiane Silva Mattos, de 37 anos, morta no Parque da Cidade de Brasília na última quinta-feira (28). Muito emocionados, eles cantaram, rezaram e colocaram flores em um vaso perto de uma foto dela.

Durante as homenagens, três estudantes pediram para dar depoimento sobre a convivência com a professora. O primeiro deles, Gabriel, de 9 anos, foi aluno de Christiane durante dois anos. "Foram dois anos ótimos, de muito aprendizado e muito amor com a tia Christiane. Então eu desejo a ela uma boa vida no céu."

O segundo estudante, Caio, de 10 anos, afirmou que o único ano em que não sofreu bullying na escola foi quando esteve na classe de Christiane. A terceira, Raquel, contou que a professora era amiga da família e que a conhece desde bebê. "Peço a Deus que console a família dela e que console o meu coração", disse.

Marido de Christiane, Marcos Motta disse que ela trabalhava na escola há seis anos e atualmente dava aulas para a terceira série. "Foi uma homenagem muito bonita. Ela realmente escolheu essa profissão por amor. Tenho certeza de que onde ela está agora, ela está orgulhosa", disse.

A professora Marilia Gomes, que trabalha na escola há quatro anos, afirmou que o crime chocou os estudantes e trabalhadores da escola. Ela afirma que se tornou amiga pessoal de Christiane, com quem pegava carona pelo menos duas vezes na semana.

"A gente custa a aceitar. É muita violência", afirma. "Ela não levantava a voz nem para a chamar a atenção das crianças. Uma pessoa totalmente do bem. Está sendo muito difícil. Não tem uma noite, um momento sequer, em que eu não veja a imagem dela."

Nesta terça-feira (2), o Tribunal de Justiça determinou a quebra do sigilo telefônico de Walisson Santos Lemos, suspeito de matar a professora. A decisão do juiz substituto do Tribunal do Júri de Brasília atendeu ao pedido encaminhado pela Polícia Civil do DF.

Na decisão, o juiz afirma que a medida visa ajudar a desvendar por completo as circunstâncias do crime. Segundo ele, "a quebra de sigilo se justifica por se tratar, ao que tudo indica, de crime de homicídio, para o qual a pena prevista é de reclusão".

Também nesta terça, a Empresa Brasileira de Estacionamentos Ltda.(MultiPark), responsável pelo estacionamento do Shopping Pátio Brasil, divulgou nota informando que está colaborando com a polícia para esclarecer o crime.

Segundo a nota, as imagens do circuito interno do estacionamento já foram entregues para as autoridades de segurança. A empresa informa ainda que a garagem do estabelecimento possui mais de 40 câmeras.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir