Categoria Policia  Noticia Atualizada em 01-05-2013

Trote em Rio Preto, SP, custou ao menos R$ 20 mil aos cofres públicos
Operação de resgate mobilizou 12 equipes da PM, Bombeiros e Águia. Dois dias antes, mesmo número de celular teria ligado para o 190.
Trote em Rio Preto, SP, custou ao menos R$ 20 mil aos cofres públicos
Foto: g1.globo.com

O trote que mobilizou mais de 10 equipes do Corpo de Bombeiros, polícias Federal, Estadual, Rodoviária e até o helicóptero Águia nesta segunda-feira (29) no noroeste paulista, custou aos cofres públicos pelo menos R$ 20 mil. Todos esses recursos foram viabilizados com o dinheiro público, ou seja, toda a sociedade contribui com o pagamento de impostos e taxas para o funcionamento da estrutura de resgate.
Na tentativa de resgate foram mobilizados 35 homens, 12 viaturas sendo elas duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Transbrasiliana, empresa responsável pelo trecho, uma da Polícia Ambiental e o helicóptero Águia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Em nota, a Transbrasiliana declarou que, para mobilizar homens e equipamentos ao local do possível acidente, a Concessionária teve um custo de R$ 10 mil. Segundo a Polícia Militar, o custo de deslocamento do helicóptero Águia foi de R$ 2,5 mil a hora, sendo R$ 7,5 mil para três horas de resgate. A Polícia Militar informou que os gastos ficaram em torno de R$ 6 a R$ 7 mil. As polícias Rodoviária, Ambiental e Corpo de Bombeiros não quiseram se manifestar sobre valores.
O homem já teria ligado ao 190 para comunicar o mesmo acidente dois dias antes. Segundo o tenente José Luciano Val, a central do Corpo de Bombeiros encontrou uma ligação feita do mesmo celular, no último sábado (27), informando as mesmas condições. Nesta ligação, no entanto, o homem falou rapidamente, sem dar detalhes, e desligou o celular.
A falsa comunicação é caracterizada crime, prejudica o atendimento à comunidade, causa transtornos e prejuízo à iniciativa pública e privada. As polícias estão empenhadas em encontrar o homem, para que ele possa dar explicações sobre o que teria acontecido. Um boletim de ocorrência foi aberto para que as investigações pudessem ser iniciadas. Se encontrado, ele poderá responder por falso alarme, que configura contravenção penal. A pena para o crime é de um a seis meses de prisão.

Entenda o caso
O segundo trote foi feito nesta segunda-feira (29), mobilizou as equipes por mais de duas horas. Por telefone, o homem contou aos bombeiros que o carro onde ele estava com a família tinha caído em uma ribanceira da BR-153, entre os municípios de Nova Granada (SP) e Onda Verde (SP).
Durante as ligações, o soldado do Corpo de Bombeiros pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.
Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela.
Ele diz que há crianças no carro e elas estariam feridas, o que aumentou a tensão entre as equipes. Ao descrever o local onde está, o homem ao telefone cita um córrego e árvores no entorno.
Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar nas buscas, que só pararam depois que a ligação foi rastreada. "Ele passou uma placa de veículo que não bate e passou dois endereços diferentes. Fomos até um desses locais e o número da casa também não existia", disse o tenente.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir