Categoria Policia  Noticia Atualizada em 06-05-2013

Estudante registra briga entre passageira e cobradora de ônibus
O vídeo mostra mais de dois minutos de confusão e tumulto. Testemunha diz que a superlotação foi o motivo da briga.
Estudante registra briga entre passageira e cobradora de ônibus
Foto: g1.globo.com

Um vídeo gravado pelo estudante Hyan Lira mostra mais de dois minutos de insultos e agressões entre uma passageira e a cobradora de um ônibus, em Rio Branco. Hyan explica que a superlotação e o calor foram um dos principais motivos da briga. A confusão aconteceu dentro do ônibus da linha Calafate Ilson Ribeiro.

De acordo com o estudante, o vídeo foi gravado no último dia 2, porém, só chegou a ser compartilhado no dia seguinte. "Eu fui para o trabalho, pegando o ônibus que demorou muito, por conta disso, ele estava muito lotado e um calor insuportável", conta.

Com uma quantidade de pessoas que, segundo o estudante, ultrapassava o limite do ônibus, uma mulher reclamou porque o motorista estava parando em todos os pontos. "A passageira ficou revoltada e falou que não dava mais para entrar ninguém. A cobradora respondeu que o ônibus dava pra colocar 150 pessoas e mandou a mulher calar a boca. Após isso, teve um bate boca e a cobradora chamou a mulher para a briga e o foi um tumulto tremendo", lembra.

A confusão demorou muito e, segundo o estudante, os próprios passageiros tiveram que abrir as portas do coletivo, pois tinham horários para chegar ao trabalho. O ápice da confusão foi gravado pela câmera do celular de Hyan. Após a briga, os passageiros saíram e pegaram outros ônibus.

O superintendente municipal de Transportes e Trânsito (RBtrans), Ricardo Torres, diz que a equipe teve acesso ao vídeo somente no fim de semana. "Nós não averiguamos ainda porque não tínhamos acesso ao vídeo. Agora vamos verificar juntamente com a empresa se há um boletim de ocorrência da situação, pois a primeira medida diante de uma agressão é acionar a polícia", explica.

Após a apuração, vão ser tomadas as devidas providências. Caso tenha tido realmente uma situação de desrespeito por parte da profissional, esta pode ser afastada de suas funções. "Toda profissão tem uma punição", destaca. Sobre a segurança dentro dos ônibus, ele diz que as câmeras internas não são obrigadas a estarem ativas, mas a prefeitura tem um plano de reativação desses aparelhos para que a segurança seja reforçada.

O encarregado de tráfego da empresa Via Verde, Kiwlly Daniel Furtado, disse que no mesmo dia a cobradora fez o boletim de ocorrência e passageiros foram à delegacia para prestar depoimento a favor da profissional. "Nosso termômetro são os usuários, se a cobradora estiver errada, não teria ido tanta gente depor a favor dela", acredita.

Diante da situação, Kiwlly Daniel, diz que a cobradora agiu corretamente e que a agressão foi desrespeitosa. "Uma pessoa ser agredida em seu horário de serviço é inadmissível", finaliza.

Brigas em ônibus e no Terminal Urbano são comuns, dizem usuários
Usuários do transporte coletivo dizem testemunhar este tipo de confusão diariamente.
No Terminal Urbano, segundo muitos passageiros que frequentam o lugar, os casos de violência não são isolados. A autônoma Oneide Nascimento diz ter medo de frequentar o local. "Semana passada eu estava indo à igreja e tinha uma briga bem na entrada do terminal. Eu fiquei morrendo de medo, porque tinham muitas pessoas correndo. A gente que está aqui fica com muito medo", diz.

Além das agressões físicas e verbais, os casos de violência podem se tornar ainda mais graves. Eder Silva é vendedor de salgados e trabalha no terminal há oito anos. Ele diz ter testemunhado muitas brigas e até mesmo uma tentativa de homicídio. "Um dia desses um cara esfaqueou duas pessoas aqui no terminal à noite", diz.

Uma situação complicada para os profissionais que todos os dias lidam com várias pessoas. Fagner Silva é cobrador e diz que gerenciar estes conflitos dentro e fora dos ônibus é um exercício de muita paciência. "É muito complicado. Devido ao fluxo de muita gente aqui, o pessoal fica se estressando. Tem que manter o controle", comenta.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir