Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-05-2013

Nigéria: ataque atribuído a radicais islâmicos mata ao menos 55
Pelo menos 55 pessoas morreram em um ataque coordenado por supostos membros do grupo radical islâmico Boko Haram na cidade de Bama, no nordeste da Nigéria, informou nesta quarta-feira o jornal local Vanguard.
Nigéria: ataque atribuído a radicais islâmicos mata ao menos 55
Foto: abola.pt

O porta-voz da Força de Ação Conjunta (JTF, na sigla em inglês) do Exército nigeriano, Sagir Moussa, citado hoje pelo jornal, indicou que 500 homens invadiram ontem a cidade a bordo de vários veículos e atacaram um quartel, uma prisão, um tribunal, um ambulatório e o escritório do governo local.

Segundo Moussa, entre os falecidos estão 22 policiais, 14 carcereiros, 13 supostos integrantes do Boko Haram, dois soldados, uma mulher e três crianças.

A primeira onda de ataques invadiu o quartel da polícia Provincial (de Borno, onde se encontra Bama) e ateou fogo em suas instalações. Posteriormente, o grupo atacou outros alvos, como a prisão, da qual 109 presos foram libertados.

O grupo armado encontrou resistência no quartel do Exército, onde os militares conseguiram evitar o ataque e mataram 13 integrantes.

Nesta quarta-feira, o jornal citado traz imagem de corpos empilhados, todos vítimas do ataque realizado ontem em Bama.

Além disso, o comandante da JTF em Bama, A.G. Laka, afirmou que, após a sangrenta ação, os rebeldes partiram em direção à cidade de Banki, perto da fronteira nigeriana com Camarões, onde protagonizaram mais atos violentos, embora não haja informações a respeito.

Apesar de nenhum grupo ter assumido o ataque até o momento, o proceder e os objetivos do ataque coincidem com os habitualmente perpetrados pelo Boko Haram, cujo reduto, a cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, se encontra a 70 quilômetros de Bama.

Recentemente, o governo nigeriano tentou entrar em acordo com os fundamentalistas para conceder uma anistia a aqueles que desejarem deixar o caminho da violência, uma oferta que os fundamentalistas rejeitaram por completo.

O Boko Haram, cujo nome em línguas locais significa "educação não islâmica é pecado", luta supostamente para impor a lei islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e de preponderância cristã no sul.

Desde 2009, quando a Polícia acabou com o líder de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já causou mais de 3 mil mortos, segundo números do Exército nigeriano.

Com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões devido a suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir