Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-05-2013

Após morte cerebral, baleada por dono de pizzaria tem parada cardíaca
Órgãos de Kerolly Alves Lopes, que era mantida por aparelhos desde domingo, enquanto família decidia sobre doação, não podem mais ser aproveitados para transplante.
Após morte cerebral, baleada por dono de pizzaria tem parada cardíaca
Foto: noticias.terra.com.br

A menina Kerolly Alves Lopes, 11 anos, baleada durante uma briga entre o pai dela e o dono de uma pizzaria em Aparecida de Goiânia (GO), morreu no fim da tarde de terça-feira após sofrer uma parada cardíaca no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A equipe de médicos da unidade de saúde já havia constatado, na noite de domingo, a morte cerebral da menina.

Apesar de ter a morte encefálica comprovada, Kerolly permanecia respirando com a ajuda de aparelhos. Às 18h30 de ontem, o óbito foi confirmado.

Após a morte cerebral, os familiares de Kerolly ainda decidiam se os órgãos da menina seriam doados. Agora, segundo o hospital, eles não podem mais ser aproveitados para transplante. O corpo de Kerolly foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Briga, tiros e arrependimento
No dia 27 de abril, o pai da menina foi até a pizzaria de George Araújo de Souza acompanhado das filhas: Kerolly e uma irmã de 14 anos. Após uma discussão, Souza apontou um revólver para o pai das meninas, ameaçando atirar. Quando os três já estavam na calçada, o dono da pizzaria disparou, acertado a cabeça e uma das pernas de Kerolly.

O autor dos disparos se apresentou à polícia após o período de flagrante e foi liberado. A delegada Marcella Cordeiro Orçai, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia, se manifestou sobre a liberação de George. "É frustrante, a população critica, mas nós, delegados, temos que observar também as leis. Ao receber o caso, nós analisamos todos os documentos, as filmagens, e entendemos ser imprescindível para a conclusão do inquérito policial que haja a prisão temporária do suspeito", disse.

No dia 30 de abril, a Justiça decretou a prisão do dono da pizzaria. Ele se entregou à polícia na noite de segunda-feira, 6 de maio. O advogado que o acompanhou no depoimento desistiu da defesa. O pai prestou depoimento e disse que estava arrependido.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir