Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-05-2013

Atentado contra comboio mata soldados da Otan e civis afegãos
Dois militares estrangeiros e 4 funcionários da Otan estão entre os mortos. Segundo autoridades, 37 pessoas ficaram feridas.
Atentado contra comboio mata soldados da Otan e civis afegãos
Foto: AFP

Ao menos oito civis afegãos morreram nesta quinta-feira em um atentado suicida com carro-bomba contra um comboio da força internacional da Otan em Cabul.

Além disso, dois militares estrangeiros e quatro funcionários civis da Otan morreram no ataque, informou a força internacional, que não divulgou a nacionalidade das vítimas.
O ataque foi reivindicado pelo grupo Hezb-e-Islami do ex-primeiro-ministro e chefe de guerra afegão Gulbudin Hekmatyar.

Este foi o atentado mais violento na capital afegã desde 9 de março, quando um ataque suicida com uma bicicleta-bomba matou nove pessoas diante do ministério da Defesa, durante a visita do secretário de Defesa americano Chuck Hagel.

Fontes do governo afirmaram que oito civis, incluindo duas crianças, morreram no atentado.

Uma fonte das tropas internacionais havia confirmado que um comboio da coalizão foi alvo de uma explosão no bairro residencial de Shah Shahid, ao sudeste da capital afegã.

"Um carro-bomba explodiu perto de dois veículos militares estrangeiros. Há vítimas e 10 casas foram atingidas", declarou à AFP o chefe de polícia de Cabul, Mohamad Ayub Salangi.

A explosão, de grande potência, foi ouvida em boa parte da cidade e matou pelo menos seis civis afegãos. Os corpos ficaram tão mutilados que não foi possível identificar as vítimas, informou Sayed Kabir Amiri, diretor dos serviços hospitalares do ministério da Saúde.

Trinta e sete pessoas ficaram feridas no atentado. As forças afegãs isolaram a área e soldados americanos compareceram ao local.

"Cometemos o ataque, assumimos a responsabilidade", declarou por telefone à AFP Zubair Sediqi, porta-voz do grupo Hezb-i-Islami, que luta, assim como os talibãs, contra as forças internacionais lideradas por Washington.

O pashtún Hekmatyar, ex-comandante afegão que lutou contra as tropas soviéticas (1979-89), efêmero primeiro-ministro nos anos 90 e outrora protegido do Paquistão e dos Estados Unidos, é considerado atualmente pelas potências ocidentais um dos mais brutais chefes de guerra. Washington o procura por "terrorismo".

Desde o início de sua "ofensiva de primavera", os insurgentes intensificaram os ataques contra a força internacional, que perdeu 21 soldados, a maioria americanos.

Três soldados americanos morreram na terça-feia em uma explosão no sul do Afeganistão, na província de Kandahar, reduto histórico dos talibãs, um dia depois da morte de três soldados georgianos em um atentado suicida cometido contra uma base na província de Helmand.

A força internacional conta com quase 100 mil militares no Afeganistão sob comando da Otan. A maioria será repatriada ao fim de 2014, mas alguns países, como Estados Unidos e Alemanha, defendem a manutenção de uma presença militar no país.

Mais de 11 anos depois da invasão do Afeganistão que provocou a queda do governo talibã, os insurgentes condicionam uma eventual negociação de paz à retirada das tropas estrangeiras.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir