Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-05-2013

Vizinhos executados brigavam por barulho havia um ano, diz polícia
Empresário matou casal e se suicidou em Santana do Parnaíba. Delegado disse que barulho de salto alto teria motivado reação.
Vizinhos executados brigavam por barulho havia um ano, diz polícia
Foto: g1.globo.com

O casal assassinado e o vizinho responsável pelo crime ocorrido na quinta-feira (23) já tinham desentendimento há um ano por reclamações por barulho, de acordo com a investigação policial. As mortes ocorreram em um condomínio de luxo em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

A dentista Miriam Cecília Amstalden Baida, de 37 anos, e o marido, Fábio de Rezende Rubim, de 40 anos, foram assassinados após o vizinho Vicente D Alessio, empresário do setor de metalurgia, de 62 anos, invadir o apartamento do casal com uma arma por volta das 21h de quinta.

"O problema com barulho já era recorrente, havia discussão entre os vizinhos há cerca de um ano. A mulher do atirador contou que ele chegou do trabalho, começou a ouvir barulho e xingou os vizinhos na sacada, coisa que nunca tinha feito", contou o delegado Andreas Schiffman, do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Segundo o delegado, no dia do crime a reclamação foi por causa do barulho de salto alto, mas em dias anteriores houve reclamações por causa de risadas e móveis arrastados.

"Naquele dia, segundo a mulher dele, eles ouviam barulho como se fosse de salto no piso, salto de madeira, ela fala. Parecia um barulho mais forte do que o de pessoas andando.

Parecia alguém batendo com um salto de madeira no chão", relatou o delegado.

De acordo com o responsável pelas investigações, as reclamações foram feitas por ambas as famílias envolvidas e eram registradas em um livro do condomínio. Apesar do conflito antigo, nunca houve agressão física anteriormente.

A arma utilizada no crime, um revólver calibre 38, estava com o registro vencido. O atirador não possuía porte de armas. Em seu apartamento, foi encontrado uma arma antiga calibre 32, que aparentava ser de colecionador, sem registro.

Segundo o delegado, o caso já está esclarecido e será encerrado assim que ele ouvir todas as testemunhas e receber os laudos da perícia.

A mulher do empresário disse inicialmente à Polícia Civil que o marido estava abalado desde que descobriu ser portador da síndrome de Guillain-Barré. Segundo a investigação da Polícia Civil, a mulher de Vicente informou que ele usava diariamente um medicamento à base de morfina por causa da síndrome de Guillain-Barré. Ele já havia sido internado por causa da doença.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir