Categoria Acidente  Noticia Atualizada em 25-05-2013

Sobrevivente de desabamento diz que ficou rouco de tanto pedir ajuda
Eduardo Pereira ficou preso nos escombros durante duas horas. Acidente ocorreu na quinta-feira (23), em S�o Bernardo do Campo.
Sobrevivente de desabamento diz que ficou rouco de tanto pedir ajuda
Foto: g1.globo.com

O metal�rgico Eduardo Mam�dio Pereira, 32 anos, contou ao G1 como foram os momentos em que ficou preso nos escombros da casa onde morava. O im�vel desabou no come�o da tarde desta quinta-feira (23), na rua 29 de Mar�o, no Parque S�o Bernardo, em S�o Bernardo do Campo. Ele sofreu ferimentos na cabe�a, m�os e no joelho direito.

"Eu estava dormindo. Despertei com um estalo muito forte. Imaginei que fosse algumas das m�quinas que estavam trabalhando no momento. Quando pensei em levantar da cama s� senti a casa caindo e os escombros em cima de mim. Quando me dei conta j� estava de baixo de tudo, preso, gritando por socorro", disse Pereira, quando ainda estava internado no Hospital Assun��o, em S�o Bernardo do Campo.

Ele espera ter alta m�dica ainda nesta sexta-feira (24). "N�o sei exatamente, mas me disseram que eu fiquei preso por duas horas. Fiquei um pouco desesperado no come�o, a� os bombeiros, quando chegaram, come�aram a me orientar. Comecei a falar que tinha um colch�o em cima de mim, que tinha uma viga em baixo de mim, essas coisas."

Pereira afirmou que s� conseguia respirar e mexer uma das m�os. "Mexia a m�o direita e um pouco da cabe�a. Gritei muito pedindo socorro, ajuda. Eles estavam um pouco longe de mim l� fora. Gritei muito. N�o conseguia ver nada l� fora. Fiquei completamente encoberto", lembrou o metal�rgico.

Depois de retirado dos escombros, ele foi levado para o PS Central da cidade e transferido para o Hospital Assun��o por volta das 21h desta quinta-feira. "Machuquei a cabe�a, as m�os, o joelho. O ouvido eu acho que seja apenas sangue escorrido, que n�o houve impacto, mas vou passar pelo m�dico", disse Pereira, com a voz ainda rouca por ter gritado por socorro.

Sobre o futuro, ele disse que espera se casar com a noiva V�nia em 14 de dezembro. "A gente ia morar na casa que desabou, agora s� Deus sabe", disse ela. Pereira espera que as responsabilidades pelo ocorrido sejam esclarecida rapidamente. "Acredito que j� tenha uma equipe de pessoas cuidando disso. J� tem um pessoal conversando com meus pais. Acredito que, ao sair daqui, j� tenha algo encaminhado. A assistente social j� deva ter feito

alguma coisa para que eu possa ter um suporte ao sair daqui."
O metal�rgico, no entanto, revela que pretende procurar ajuda para resolver o caso. "Ainda n�o sei exatamente o que fazer. Muito provavelmente vou consultar um advogado, ter uma orienta��o, saber o que n�s temos de direito. Porque n�o foram apenas danos materiais, foram danos f�sicos, dano moral, enfim, n�o foi por falta de aviso para o pessoal da obra sobre aquela parte em que estavam escavando, que poderia ter algum risco ali. A gente vai ter que fazer uma consulta nos meios legais para resolver isso a�", disse o metal�rgico.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir