Tribunal Marcial na base militare de Fort Meade, no estado de Maryland, inicia hoje o julgamento do soldado Bradley Manning acusado de entregar informações confidenciais ao WikiLeaks.
Foto: sicnoticias.sapo.pt Bradley Manning já admitiu que as centenas de milhar de documentos secretos foram disponibilizadas "por vontade própria" e "sem pressão".
O soldado norte-americano acusado de ter passado à WikiLeaks centenas de milhares de documentos confidenciais sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão deveráser condenado, uma vez que admitiu os crimes de que está acusado.
Centenas de pessoas concentraram-se, no exterior de Fort Meade, no estado de Maryland em defesa do soldado que, para muitos, é considedo um herói.
O soldado norte-amerciano vai a julgamento três anos depois de ter sido detido no Iraque e acusado de traição na sequência daquela que já é considerada a maior fuga de informação secreta dos Estados unidos.
Herói ou traidor
Bradley Manning, numa audiência perliminar afirmou que a sua intenção era conseguir "gerar um debate público sobre o papel das Forças Armadas e sobre política externa".
Manning referiu que ao divulgar a informação classificada, acreditava que esta não "prejudicava os Estados Unidos e não era mais do que embaraçosa".
Tendo "curiosidade e interesse por geopolítica", Manning quis mostrar o "desprezo pela vida" com que alguns soldados executavam operações militares no Iraque ou Afeganistão.
22 Acusações
Manning é acusado de ter facultado ao portal "WikiLeaks" documentos secretos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e mais de 250.000 telegramas diplomáticos, quando foi destacado para Bagdade como analista dos serviços secretos entre 2009 e 2010.
O delegado do Ministério Público Joe Morrow disse que o Governo irá apresentar provas de que membros da rede Al-Qaeda, incluindo o seu falecido líder, Usama bin Laden, tiveram acesso a diversos documentos militares e do Departamento de Estado que Manning terá alegadamente facultado ao WikiLeaks.
As provas incluem, em concreto, registos de conversas através da Internet, datados de fevereiro de 2010, entre Manning e o fundador do portal, Julian Assange, segundo a mesma fonte.
Caso seja considerado culpado das 22 acusações que lhe são imputadas, o soldado poderá ir a prisão perpétua.
O julgamento vai prolongar-se por três meses ao longo dos quais vão ser ouvidas 150 testemunhas.
Com Lusa
Fonte: sicnoticias.sapo.pt
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