Categoria Tecnologia  Noticia Atualizada em 06-06-2013

Steve Jobs da China imita ex-CEO em "Apple do Oriente"
Falsifica��es da China s�o quase um lugar comum, mas uma c�pia em especial tem feito muito sucesso no maior pa�s asi�tico: um Steve Jobs de olhos puxados.
Steve Jobs da China imita ex-CEO em
Foto: noticias.terra.com.br

Lei Jun, milion�rio, empres�rio e confessadamente f� do ex-CEO da Apple, se autointitula herdeiro do imp�rio da Ma��, e a m�dia asi�tica identifica sua empresa, a Xiaomi, como "a Apple do Oriente". As informa��es s�o do The New York Times.

Lei se esfor�a para cultivar uma imagem associada � de Jobs, o que inclui a cal�a jeans e a camisa preta, "uniforme" do cofundador da Apple - falecido em outubro de 2011. E, claro, como o americano, o chin�s vende milh�es de unidades de smartphones - muito parecidos com o iPhone de Cupertino.

Investidores e consumidores parecem responder com entusiasmo ao Jobs oriental, mas ningu�m mais do que o pr�prio Lei acredita em seu poder, segundo o jornal americano. Ao subir ao palco para anunciar novos eletr�nicos, o empres�rio chin�s usa discursos como, por exemplo, "estamos fazendo coisas que outras companhias nunca fizeram antes".

A Xiaomi vendeu US$ 2 bilh�es em dispositivos port�teis no �ltimo ano, e tem emergido como uma pot�ncia no mercado chin�s - o maior no segmento de smartphones do mundo. E a expectativa � que a companhia dobre esse valor em 2013.

Xiaomi
Lei fundou a Xiaomi h� tr�s anos, com um grupo de outros engenheiros, e vendeu 7 milh�es de aparelhos que n�o s� se parecem com o iPhone como t�m toda a estrat�gia de marketing baseada no smartphone da Apple. A companhia foi a mais r�pida da hist�ria a atingir US$ 1 bilh�o em receita na China - a Amazon, por exemplo, levou meia d�cada.

Muitos empreendedores, como Lei, querem elevar a China a um patamar al�m do beco sem sa�da da montagem de equipamentos de fabricantes internacionais. Mas a inova��o ainda est� escassa no maior mercado asi�tico.

O crescimento da empresa de Lei levou-a a ser avaliada em US$ 4 bilh�es em junho do ano passado, quando recebeu a �ltima rodada de financiamento. Os apoios at� agora vieram de players como a Qiming Venture Partners, bra�o de investimento de risco da Qualcomm, e da Digital Sky Technologies, de Yuri Milner, que apoiou o come�o de companhias como Facebook, Zynga e Groupon.

Mas abrir capital na bolsa ainda n�o est� nos planos da Xiaomi. A fabricante de clones do iPhone, se continuar sendo valorizada, pode chegar ao ranking das maiores empresas da China, atr�s de Alibaba, Baidu, Tentcent e Netease.

Apesar das expectativas, por outro lado, a vida da Xiaomi n�o � s� flores. Preferida pelos consumidores que n�o t�m dinheiro para comprar um iPhone da Apple ou um modelo topo de linha da Samsung, a rival chinesa enfrenta tamb�m custos maiores, enquanto as concorrentes internacionais conseguem oferecer modelos de pre�o baixo. Al�m disso, as asi�ticas Huawei, Lenovo e Taiwan t�m maior poder de marketing, e somam 25% do mercado local de smartphones.

"Jobs" chin�s
Lei, al�m de CEO da Xioami, � presidente-executivo da Kingsoft, empresa de software em que trabalhou por dez anos e que levou � bolsa em 2007 - al�m de ter US$ 300 milh�es em a��es. A carreira do Jobs chin�s se divide entre empres�rio e investidor. Entre as startups que ajudou est� a YY, que abriu capital em Nasdaq em 2012 e hoje vale US$ 1,5 bilh�o. Em 2004, o primeiro grande hit de Lei, a Joyo.com, foi comprado pela Amazon por US$ 75 milh�es.

Bastante privativo, pouco se sabe sobre vida pessoal. Com mais de cinco milh�es de seguidores no Weibo, o Twitter chin�s, ele � uma celebridade no pa�s. Criado em Wuhan, uma cidade industrial na regi�o central, estudou ci�ncia da computa��o na universidade local, e foi nessa �poca, em 1987, que leu sobre Jobs e inspirou-se. "Queria criar uma companhia que fosse de primeira classe, ent�o me planejei para acabar a faculdade logo", disse ao jornal americano.

Ele concluiu a faculdade em 2 anos, entrou para a Kingsoft e, combinando os conhecimentos t�cnicos a um talento nato para o marketing, cresceu no escal�o executivo, sendo nomeado presidente em 1998. Enquanto fazia carreira na empresa de software, tamb�m investiu em startups, entre elas a Joyo.com. Em 2010, juntou-se a engenheiros, alguns antes do Google e da Microsoft, e come�ou a trabalhar em um sistema operacional, baseado em Android.

A Xiaomi tamb�m procurou os mesmos fornecedores e montadores da Apple, como Qualcomm, Broadcom e Foxconn. Em agosto de 2011, chegava �s lojas o Mi-1, que esgotou em dois dias. Em agosto passado, a companhia lan�ou o Mi-2, que esgotou t�o r�pido que a m�dia chegou a suspeitar que a fabricante estava criando falta de estoque de prop�sito, para gerar marketing.

Cortando custos com distribuidores e vendedores, fazendo vendas diretamente no site da empresa, a Xiaomi consegue vender aparelhos pela metade do pre�o dos topos de linhas da Apple e da Samsung. Al�m disso, a companhia mant�m um site de "F�s de Mi", e lan�a atualiza��es do sistema operacional semanalmente, incorporando demandas e mantendo os clientes animados com a marca.

Segundo o analista da Gartner Sandy Shen, ao NYT, "para uma startup, o que eles (da Xiaomi) conseguiram � bastante impressionante". Mas, pondera, levanta a quest�o sobre como a companhia vai expandir o mercado para al�m do publico alvo de agora. Outros analistas tamb�m acreditam que ser� dif�cil para a ma�� chinesa manter o crescimento, e que por isso a valoriza��o de US$ 4 bilh�es � uma bolha.

Mas Lei garante que sua Apple oriental poderia vender 15 milh�es de unidades neste ano. E h� rumores de que a companhia planeja, como a inspira��o americana, investir no mercado de televis�o. Com um hist�rico de tr�s startups multibilion�rias nas costas, e uma fortuna pessoal de US$ 1,7 bilh�o segundo a Forbes, n�o � por acaso que Lei parece t�o confiante. "N�o somos apenas uma companhia chinesa "pobre" fazendo celulares baratos: vamos chegar ao (ranking) de empresas Fortune 500", garante o CEO ao jornal.


Foto: YouTube / Reprodu��o



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Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir