O criador da série cinematográfica Kick Ass se disse "perplexo" com as críticas do astro Jim Carrey à violência do filme, já que o personagem de Carrey assume uma posição contrária às armas de fogo e se recusa a disparar uma delas.
Foto: www.abola.pt Carrey, de 51 anos, disse pelo Twitter que o massacre de dezembro na escola primária Sandy Hook, em Connecticut, mudou a sua mentalidade sobre o violento filme de super-heróis que estreia em agosto.
"Fiz Kick-Ass um mês antes de Sandy Hook, e agora, em plena consciência, não posso apoiar esse nível de violência", escreveu o ator cômico no domingo.
O massacre ao qual ele se refere deixou 26 mortos, incluindo 20 crianças, e motivou uma ofensiva política pelo maior controle das armas de fogo nos EUA.
Mark Millar, autor da história em quadrinhos que inspirou os dois filmes da série, e que também é produtor dos longas-metragens, respondeu às críticas de Carrey em seu site, dizendo que o filme lida com as "consequências da violência".
"Estou perplexo com esse repentino anúncio, já que nada visto nesse filme não estava no roteiro há 18 meses", disse Millar. "Sim, a contagem de corpos é muito alta, mas um filme chamado Kick-Ass 2 realmente tem a ver com o que diz na lata."
"Nunca comprei muito a noção de que a violência na ficção leva a violência na vida real, assim como Harry Potter lançar um feitiço não cria mais meninos-magos na vida real", acrescentou Millar.
A Comcast Corp (subsidiária da Universal Pictures), distribuidora do filme, não se pronunciou.
Fonte: cinema.terra.com.br
|