Categoria Policia  Noticia Atualizada em 26-06-2013

Mais de 30 pessoas foram detidas durante manifestação em Aracaju
Segundo ato "Acorda Aracaju" foi marcado por atos de vandalismo. "Nossos homens foram hostilizados e agredidos por vândalos", diz comandante.
Mais de 30 pessoas foram detidas durante manifestação em Aracaju
Foto: g1.globo.com

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE), 35 pessoas foram detidas suspeitas de vandalismo durante o segundo ato de protesto "Acorda Aracaju" realizado nesta terça-feira (25), na capital sergipana. Os detidos foram encaminhados pela polícia para a 2ª Delegacia Metropolitana e Delegacia Plantonista. Segundo a polícia, boa parte deles, era menor de idade.

De acordo com a polícia, a manifestação transcorria pacificamente, porém, o clima ficou tenso quando os manifestantes chegaram até ao Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, sede da Prefeitura Municipal. Um grupo de vândalos tentou invadir o prédio e como não obteve sucesso, já que guardas municipais e homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar estavam de prontidão, começaram a arremessar pedras e bombas juninas contra os policiais, bem como contra os portões e janelas do centro administrativo.

Parte dos manifestantes seguiu em direção ao Distrito Industrial de Aracaju, na Zona Sul da capital, onde novamente houve depredação e um ônibus do transporte coletivo que trafegava pelo viaduto do DIA foi incendiado. "Um pequeno número de manifestantes passou a quebrar os vidros do ônibus coletivo da empresa Modelo enquanto outros tocaram fogo no coletivo, que ficou totalmente destruído", destacou o subcomandante geral da PM, coronel Luiz Fernando.

O subcomandante ressalta que a polícia entrou em ação e a tropa de choque passou a coibir a ação violenta de alguns manifestantes. "Ainda assim, eles reagiram e dois policiais militares ficaram feridos", destacou. Após o incêndio, o Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu apagar as chamas.

"Eles partiram para cima da polícia, que em todo o tempo tentou evitar qualquer tipo de confronto. Atiraram pedras e rojões contra nós e acabei sendo atingido na perna", afirmou o cabo Carlos Henrique Prado, da Polícia Militar. Uma policial militar também foi atingida por uma pedra e acabou fraturando o braço. Após ser socorrida, ela registrou queixa na delegacia.

O secretário adjunto da Segurança Pública, João Batista Santos Júnior, reiterou que o ato de vandalismo praticado por um pequeno número de manifestantes não vai tirar o brilho da festa de democracia e muito menos influenciar o comportamento da polícia em relação às passeatas. "Acreditamos no direito constitucional das pessoas de se expressarem e temos o dever legar de preservar que estes protestos ocorram de forma pacífica e ordeira", avaliou o secretário.

"O primeiro movimento foi tranquilo, não teve incidente, e durante essa passeata nós acompanhamos do início ao fim e também não vimos nenhum incidente. Quando nós já estávamos em casa recebemos essa informação. É lamentável, porque é um ato de exercício democrático e de repente se transforma em um campo de guerra e com destruição do patrimônio", relatou Rosenice Machado, da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE.

Depois de coletar depoimentos, durante boa parte da madrugada, a polícia manteve três homens presos na 2ª DM pelo crime de incêndio qualificado, previsto no artigo 250 do Código Penal Brasileiro. Eles foram identificados por imagens feitas pela polícia e também pela SMTT por conta da depredação e incêndio do ônibus.

Ainda foram presos outros dois jovens por dano ao patrimônio (depredação do ônibus). A polícia apreendeu também dois adolescentes envolvidos com a depredação contra o veículo.

Estes tiveram fiança arbitrada em dez salários mínimos.

"Pedimos a colaboração das pessoas de bem que querem mudar o país que denunciem a presença de vândalos no meio das passeatas. É importante também que quando tiver ações de destruição do patrimônio os manifestantes pacíficos se retirem e deixem que a polícia entre em ação para coibir atos de destruição de nossa cidade", avaliou o coronel Jackson Nascimento, comandante do Policiamento Militar da Capital.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir