Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-06-2013

Protesto em Brasília terminou com 35 pessoas detidas, diz PM
20 adultos e 4 adolescentes foram detidos por invadir o Pátio Brasil. Manifestação reuniu 5 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Protesto em Brasília terminou com 35 pessoas detidas, diz PM
Foto: www1.folha.uol.com.br

A Polícia Militar informou que 31 adultos e quatro adolescentes foram detidos nesta quarta-feira (26) durante manifestação na Esplanada dos Ministérios contra a aprovação da PEC 33, pelo fim do voto secreto e pela saída de Renan Calheiros da presidência do Senado. Dentre as suspeitas estão depredação ao patrimônio público, desacato a policiais e atirar pedras em carros da corporação. O grupo foi ouvido no Departamento de Polícia
Especializada.

Dos manifestantes detidos, 20 adultos e quatro adolescentes foram detidos por invadir o shopping Pátio Brasil, na W3 Sul. Outros dois desacataram policiais, três são suspeitos de atirar pedras em um carro da polícia, um portava um facão, duas facas, dois canivetes, uma faca artesanal, um cassetete e uma máscara de gás e outro tinha maconha na mochila.

A corporação estima que 5 mil pessoas participaram do protesto, que começou por volta de 16h. Os policiais chegaram a usar gás lacrimogêneo para conter os manifestantes. O produto invadiu a Câmara dos Deputados e causar irritação nos servidores. O protesto acabou pouco depois das 23h.

Pouco antes do início da manifestação, o comandante-geral da PM, coronel Jooziel de Melo Freire, havia afirmado que atos de violência seriam punidos com prisão. "Estamos resguardando os nossos efetivos. Quem cometer qualquer tipo de crime, e desacatar, despeitar um servidor durante o serviço é crime, vai ser preso. Tem que se manifestar ordeiramente e não cometendo um crime justificando isso porque tem outra coisa errada", disse na ocasião.

Durante o ato, um grupo de cerca de 3 mil manifestantes seguiu para o Estádio Nacional Mané Garrincha para dar uma abraço simbólico na arena. A distância entre o local e o Congresso Nacional é de cerca de cinco quilômetros. Os manifestantes também fecharam a W3 Sul durante o ato, mas foram reprimidos com gás lacrimogêneo disparado pela Polícia Militar.

Carros da Rotam circularam pelo canteiro central da Esplanada para evitar aglomerações de manifestantes. A cavalaria também atuou no local. Foram mobilizados 4 mil servidores da Polícia Militar para acompanhar o protesto.

Ainda durante a manifestação, uma mulher de calcinha e sutiã chegou na garupa de uma moto e desceu a rampa do Congresso em direção à barreira policial. Uma das pinturas que ela tinha no corpo é o símbolo do anarquismo. Outras pessoas que estavam no local cercaram a mulher.

O estudante Rubem Borges Rosa deixou o jogo de futebol de lado para protestar contra a corrupção. "Isso aqui [diz apontando para o Congresso] é mais importante. Não estou ganhando nada com o futebol. Com isso aqui eu tenho muito a ganhar", diz.

Manifestantes chutaram bolas de futebol na direção do Congresso Nacional. Segundo o organizador do ato, Antonio Carlos Costa, da ONG Rio de Paz, do Rio de Janeiro, cada uma das 594 bolas custou R$ 1,25. "Estamos jogando a bola para eles. A bola agora está com o Congresso", diz.

Jornalistas de uma rede de televisão coreana filmam protesto no Congresso Nacional, em Brasília. O trio não fala português mas, segundo o produtor Park Yoong Sik, eles foram orientados a gravar as imagens porque a noção que se tem fora do Brasil é de que o povo está com raiva do governo.

Nem o atacante Neymar, do Barcelona e da seleção brasileira, "escapou" dos manifestantes. "Que Neymar que nada. O verdadeiro herói da Copa do Vinagre é o povo brasileiro", dizia cartaz levado por manifestante ao protesto no Congresso Nacional.

Feridos
Uma manifestante desmaiou e foi socorrida por outros três integrantes do protesto em frente ao Congresso Nacional. Ela teria sido atingida por spray de pimenta jogado por um policial contra um grupo que hostilizava agentes do Bope.

A Secretaria de Saúde divulgou balanço informando que até as 21h50 havia atendido dez pessoas. A pasta informou que foram sete policiais militares e dois bombeiros, além de uma mulher que sofreu intoxicação. As vítimas reclamaram de dores de cabeça e tontura, provavelmente provocadas por causa das bombas de gás lacrimogêneo. Ninguém foi levado para o hospital, apenas um PM foi encaminhado para fazer um Raio-X na Câmara do Deputados.

A Polícia Militar chegou a jogar spray de pimenta contra jornalistas. Um repórter da TV Globo e um do G1 foram atingidos. Os policiais correram atrás de manifestantes dentro do shopping Pátio Brasil e nas ruas adjacentes.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir