Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-06-2013

Manifestantes contra "cura gay" se reúnem na Candelária, no Rio
Protesto pró LGBT é contra o estatuto do nascituro e homofobia. Cartazes pedem direito a diversidade sexual e renúncia a Marco Feliciano.
Manifestantes contra
Foto: g1.globo.com

Desde as 16h se concentram, nos arredores da Candelária, no Centro do Rio, manifestantes que marcaram para esta sexta-feira (28) um protesto contra o projeto de "cura gay", aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília. De acordo com o 5º BPM (Praça da Harmonia), às 17h15 cerca de 500 pessoas participavam da manifestação.

A psicóloga Fernanda Haikal, do Conselho Regional de Psicologia, veio à manifestação em apoio ao movimento e criticou o projeto do deputado Marco Feliciano, que preside a comissão que aprovou o projeto. "Considero a medida perversa porque não se trata de uma doença, nem uma opção, mas de uma condição. No entendimento da psicologia, nós profissionais podemos acolher e orientar para amenizar a dor do preconceito, se for o caso, mas não podemos mudar o que a pessoa é", disse.

Além de protestarem contra o projeto de "cura gay", os manifestantes são contra o estatuto do nascituro e pedem a elaboração de uma lei que criminalize a homofobia. "Queria que a Dilma se posicionasse em relação à população LGBT. Não pode deixar esse cara [deputado Marco Feliciano] ficar massacrando a população LGBT, que também votou nela, sem fazer nada", disse Eula Rochard, artista e membro do Grupo Diversidade de Niterói.

"Somos contra o projeto da "cura gay" porque homossexualidade não é patologia e é importante fazer pressão social para que esse projeto não avance e seja, definitivamente, enterrado", afirmou o presidente do Grupo Arco Íris, Julio Moreira.

A manifestação acontece no Dia Mundial do Orgulho Gay. Para Moreira, a aprovação da lei que criminaliza a homofobia é de fundamental importância para a comunidade LGBT. "Enquanto isso não acontecer, a violência vai continuar. Só no ano passado, foram 338 assassinatos no estado do Rio. E essa é uma violência que atinge a sociedade como um todo", disse, acrescentando que a lei tramita no Congresso Nacional desde 2001.

Entre os cânticos da manifestação: "eu amo homem, amo mulher. Tenho direito de amar quem eu quiser" e "fora Feliciano".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir