O Governo boliviano reuniu-se de urgência e considera igualmente necessária uma reunião urgente da Unasur, depois de Portugal negar a aterragem do Presidente Evo Morales por suspeitar que Edward Snowden se encontrava a bordo.
Foto: AFP "Tal como as coisas se encontram, o Presidente não tem maneira de regressar, mas esperamos encontrar uma rota alternativa até amanhã [hoje]. Mas até ao momento, o Presidente está retido em Viena", disse à agência noticiosa Efe a ministra boliviana da Comunicação, Amanda Dávila.
A ministra afirmou que "é necessária" uma reunião da Unasur para abordar esta "grave ofensa". Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Choquehuanca, declarou que quer explicações de Portugal.
O ministro disse que antes da aterragem prevista para Lisboa, as autoridades comunicaram ao avião de Morales que a autorização era anulada.
Foi preparado um plano de voo alternativo para que o avião fosse para Espanha e foi autorizado o seu reabastecimento nas Canárias, mas pouco depois foi recebida uma notificação de França proibindo o aparelho de sobrevoar o seu território, explicou.
"Disseram que era por questões técnicas, mas depois de algumas comunicações com algumas autoridades, informaram-nos que havia suspeitas infundadas de que o senhor Snowden [ex-consultor da CIA acusado de espionagem pelos EUA] estaria a bordo", indicou.
"Não sabemos de onde veio essa informação mal intencionada, essa enorme mentira. Estamos a averiguar. Portugal e a França têm de nos dar explicações", acrescentou o ministro.
A Lusa tentou contactar um assessor do Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre este assunto, mas não obteve qualquer resposta.
O avião de Morales seguiu entretanto para Viena, onde já aterrou, confirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros austríaco.
Fonte: www.dn.pt
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