Categoria Politica  Noticia Atualizada em 05-07-2013

Plebiscito faz governo Dilma bater cabeça
A questão do plebiscito deixa o governo batendo cabeça, desnorteado.
Plebiscito faz governo Dilma bater cabeça
Foto: www.jb.com.br

Depois de anunciar que não há tempo hábil para realizar um plebiscito sobre a reforma política ainda neste ano, o vice-presidente da República, Michel Temer, divulgou uma nota de esclarecimento em que afirma que o ideal seria que as mudanças já valessem para as eleições do próximo ano.

Em Salvador, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o plebiscito sobre a reforma política que "sugeriu" ao Congresso Nacional dentro do "pacto de cinco pontos" como resposta às manifestações de rua no País.

A defesa foi feita nesta quinta-feira, 4, no evento de lançamento do I Plano Safra do Semi-árido e entrega de máquinas agrícolas, que reuniu 300 prefeitos baianos, delegações de movimentos sociais ligados à agricultura familiar e reforma agrária, além de governadores do Nordeste. Dilma destacou que a "melhoria da representatividade" (política) passa pela participação popular.

Na nota divulgada em Brasilia, Temer reafirma "o compromisso deste governo, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em reunião com todos os governadores e prefeitos de capital, com uma reforma política que amplie a representatividade das instituições através de consulta popular".

Orgulho
A presidente rebateu a critica de as perguntas do plebiscito seriam complicadas para o eleitor : ""Eu acredito muito na inteligência, na sagacidade, na esperteza do povo brasileiro. Acho que o povo sempre mostrou, ao longo de toda nossa história, que as suas escolhas sempre foram acertadas. Portanto eu não sou daqueles que acreditam que o povo é incapaz de entender, porque as perguntas são complicadas. Não é verdade. O povo brasileiro tem aquele inteligência que nos foi dada, porque graças a Deus nós somos feitos de várias correntes", discursou.

Ela destacou a variedade étnica do Brasil, o que confere ao país, na sua opinião, "uma criatividade, uma inteligência, uma visão de mundo que é que deve pautar a representação política, daí a proposta do plebiscito".

Conforme Dilma, as manifestações no Brasil devem orgulhar a todos porque são diferentes das que ocorrem em outras partes do mundo. "Nas manifestações numa parte do mundo que levaram o nome de primavera árabe, estava se lutando contra ditadura e a favor de democracia. Nós não. Temos democracia. Por isso, somos capazes de ouvir as vozes das ruas. Sou de uma época em que havia uma imensa dificuldade de se expressar nas ruas desse país", assinalou.

Ela louvou o fato de não haver no Brasil "divisões religiosas ou étnicas" e a crise política que levou milhares às ruas nos Estados Unidos e países da Europa.

"Aqui as ruas falaram por mais direitos e aqui eu quero dizer que essa presidenta ouviu claramente a voz das ruas. Tanto porque essa voz é legítima, porque nós temos uma democracia e faz parte da democracia a luta por mais direitos, principalmente quando nós sabemos que, nos últimos dez anos, o governo do presidente Lula e com meu governo, nós ampliamos e olhamos para aqueles que mais precisam".

Desagravo
O ato pareceu uma espécie de desagravo dos aliados de Dilma, após a queda de popularidade mostrada pela pesquisa do Datafolha. Ela passou uma hora entregando as chaves de ônibus escolares e máquinário para prefeitos que eram chamados aos grupos para subir ao palco do auditório Iemanjá no Centro de Convenções da Bahia para receber o mimo e tirar fotos com uma sorridente Dilma, numa tipo de "beija mãos".

Antes da entrega das chaves dos veículos, na parte externa do Centro de Convenções, Dilma posou junto com os prefeitos ao lado das retroescavadeiras e motoniveladoras decoradas com placas do "PAC II".

Fonte: atarde.uol.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir