Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-07-2013

"Tudo é mais difícil", diz vítima seis meses após atentado em Anápolis
Thays e Guilherme contam como tentam se adaptar à nova rotina. Homem jogou explosivo dentro do carro onde casal de namorados estava.

Foto: g1.globo.com

O casal Guilherme Almeida, de 20 anos, e Thays Mendes, de 19 anos, tenta se adaptar à nova rotina, seis meses após o atentado a bomba que comoveu o país, em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Apesar da boa recuperação, eles dizem que a vida não é mais a mesma. "É tudo mais difícil", relata a jovem.
Thays conta que tem se dedicado às sessões de fisioterapia, mas aponta a principal mudança: "Eu estudo em casa agora". Guilherme Almeida também passa por privações. "De dia, eu não saio muito. Tem que ser mais regrado, por causa do sol", afirma.

No dia 5 de janeiro, Guilherme e Thays foram vítimas de um atentado na Avenida Barão do Rio Branco, no centro de Anápolis. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que um ciclista esperava o sinal abrir para arremessar uma bomba de fabricação caseira dentro do carro do casal. Segundos depois, o artefato explodiu.
Cenas gravadas por um cinegrafista amador registraram o desespero dos jovens ao descer do veículo. Eles tiveram queimaduras pelo corpo de até terceiro grau e ficaram na calçada à espera do socorro.
Thays teve 42% do corpo queimados e Guilherme, 32%. Os dois ficaram internados na UTI do Hospital de Queimaduras de Anápolis por quase 30 dias.
Durante todo o tempo que eles estavam hospitalizados o que mais chamou a atenção e comoveu as pessoas era o cuidado que um tinha pelo outro, mesmo estando em leitos separados. Ainda mais unidos, o casal busca superar os obstáculos de cada dia.

Suspeito
Os dois jovens ainda esperam ser capazes de perdoar o agressor. Mas para eles, a prisão de Uingles Queiroz Costa, 31 anos, que também é suspeito de detonar bombas dentro de um ônibus coletivo em Goiânia, não garante que ele seja o mesmo autor do atentado em Anápolis.
Delegado responsável pelo caso, Éder Ferreira, concluiu o inquérito e indiciou Uingles, no fim de fevereiro. O suspeito assumiu o crime em Goiânia, mas negou ser o autor do ataque ao casal. Inclusive, não concordou em participar da reconstituição por negar a autoria do atentado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir