O grupo "Manos Limpias", que apresentou uma acusação particular no caso Bárcenas, pediu hoje a presença do chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, como testemunha no processo sobre fundos ilegais do Partido Popular.
Foto: portocanal.sapo.pt De acordo com a agência EFE, a documentação que foi enviada hoje à Audiência Nacional pede para que, além de Rajoy, sejam igualmente chamados como testemunhas a secretária-geral do Partido Popular (PP), María Dolores de Cospedal, e os antecessores no cargo, Javier Arenas e Francisco Álvarez Cascos.
O grupo "Manos Limpias" decidiu chamar novas testemunhas após as declarações do ex-tesoureiro Luis Bárcenas na segunda-feira perante o tribunal de Madrid no caso sobre o financiamento ilegal do PP e da entrega de envelopes com dinheiro aos dirigentes do partido durante décadas, nomeadamente uma quantia de 90 mil euros a Mariano Rajoy e a Dolores de Cospedal em 2009 e 2010.
Além dos dirigentes partidários, o "Manos Limpias" pede que sejam igualmente chamados a testemunhar o ex-ministro da Defesa Frederico Trillo para que sejam esclarecidos os supostos pagamentos com dinheiro do PP aos advogados dos militares responsáveis pelo acidente com o Yak-42, o aparelho militar espanhol que se despenhou em 2003, e também as alegadas compensações que terão sido pagas quando Trillo deixou a presidência do Parlamento.
Segundo a EFE, a Associação dos Advogados Democratas pela Europa (ADABE) também apresentou ao juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz um pedido para que sejam ouvidos como testemunhas Mariano Rajoy, María Dolores de Cospedal e os dois antecessores no cargo partidário.
De acordo com a documentação entregue pelo ex-tesoureiro do PP sobre a contabilidade irregular do partido, Rajoy recebeu dinheiro entre 1997 e 1999 quando era ministro no Governo de José María Aznar, em 2008, assim como terá recebido 45 mil euros em 2009 e 2010.
As acusações foram negadas pelo primeiro-ministro espanhol.
Fonte: www.tsf.pt
|