Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-07-2013

Dono de loja depredada em protesto no Rio chora e desabafa: "maldade"
Estabelecimento foi invadido por v�ndalos, na noite de quarta (17). Segundo a pol�cia, nove pessoas foram presas na manifesta��o.
Dono de loja depredada em protesto no Rio chora e desabafa:
Foto: g1.globo.com

"Essa loja n�s temos h� mais ou menos uns sete, oito anos. Agora eu nunca vi uma maldade t�o grande. N�o � contra a Toulon, n�o � contra a mim. � contra a cidade do Rio de Janeiro", desabafou o empres�rio Eduardo Balesteros, dono de uma loja de roupa depredada durante o protesto no Leblon, na Zona Sul do Rio, na noite de quarta-feira (17), conforme mostrou o RJTV desta quinta-feira (18).

O estabelecimento foi invadido, depredado e saqueado por um grupo de v�ndalos. Moradores e comerciantes do Leblon est�o aflitos e receosos.

Seguran�a

O secret�rio de Seguran�a P�blica do Rio, Jos� Mariano Beltrame, afirmou na manh� desta quinta que "n�o h� um manual" de seguran�a de como atuar em situa��es de "turba ou confus�o", como classificou o tumulto da noite de quarta em manifesta��o.

O governador S�rgio Cabral convocou uma reuni�o de emerg�ncia no Pal�cio Guanabara, em Laranjeiras, para discutir a atua��o das for�as de seguran�a nas manifesta��es. Al�m dele e de Beltrame, participaram a chefe da Pol�cia Civil, Martha Rocha; o comandante da PM, coronel Erir da Costa Filho; o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Alberto Pinheiro Neto; e os secret�rios da Casa Civil, Regis Fichtner, e de Governo, Wilson Carlos Carvalho.
Beltrame disse que o campo operacional ir� fazer mudan�as na a��o da PM, mas rebateu as acusa��es de abusos cometidos pela pol�cia. "Para tachar algu�m de ter cometido excesso, eu preciso dar o direito a ampla defesa. Sindic�ncias s�o abertas para ter o efetivo apurat�rio", afirmou o secret�rio, garantindo que, se constatado excessos, haver� a puni��o devida, "seguindo os procedimentos normais da corpora��o".

A manh� desta quinta-feira (18) foi de perplexidade, indigna��o e muita tristeza, al�m do trabalho de reconstru��o das lojas destru�das no Leblon, na Zona Sul do Rio, ap�s a noite de vandalismo que se seguiu aos protestos nas ruas pr�ximas � resid�ncia do governador S�rgio Cabral.

A loja de roupas Toulon, na esquina da Avenida Ataulfo de Paiva com Arist�des Esp�nola, foi totalmente saqueada depois de ter suas vidra�as destru�das. Com l�grimas nos olhos, o diretor da marca Mario Gab�o, orientava trabalhadores que colocavam portas de madeiras improvisadas e recebia a solidariedade de moradores do bairro. Uma jovem, que preferiu n�o se identificar, correu para Marcos oferecendo as fotos que tirou com seu celular na hora em que a loja era depredada e saqueada. Na foto, aparece nitidamente um jovem carregando as roupas.

A jovem contou que saiu da academia por volta das 23h, a duas quadras da loja e quando viu o tumulto, tentou se proteger, pois percebeu que n�o conseguiria avan�ar pela Ataulfo de Paiva para chegar a sua casa, no fim da avenida. Foi tirando fotos at� a hora em que o grupo avan�ou e ela ficou com medo e parou.

"Foi horr�vel, apavorante, era uma multid�o. N�o dava para andar para lado algum", disse ela.

Gab�o disse que os funcion�rios, ao chegarem � loja, choraram.

"Eu mesmo estou aqui emocionado, cumprindo esse dever doloroso. Foi uma viol�ncia sem tamanho com uma marca que tem 43 anos de Rio de Janeiro, DNA carioca e identidade Rio", disse, preparando-se para ir � 14� DP (Leblon), registrar a ocorr�ncia.

Abordado a cada minto por moradores indignados, Gab�o disse que s� podia agradecer a solidariedade.

"Estamos recebendo muito carinho", disse.

Moradores comentavam com perplexidade a noite de viol�ncia, segundo eles, jamais vista no bairro, que ainda guarda os ares de bairro pequeno onde todos se conhecem.

Na Lidador, a porta de vidor foi destru�da e u�sques e vinhos foram levados (Foto: Lilian Quaino/G1)Na Lidador, a porta de vidor foi destru�da e u�sques
e vinhos foram levados (Foto: Lilian Quaino/G1)

A tradicional loja de bebidas Lidador, tamb�m na Ataulfo de Paiva, teve sua porta de vidro destru�da e uma nova vai custaar algo em torno de R$ 200 mil, segundo Vitor dos Anjos, vendedor h� 4 anos. Uma porta provis�ria de madeira, de R$ 380 j� foi encomendada. Entre u�sques e vinhos, os saqueadores levaram r�tulos que somam R$ 1 mil.

"Mas escolheram mal os vinhos", brincou o vendedor.

Vitor contou que soube que os de vandalismo contra determinadas marcas foram explicado pelos participantes: o banco Ita� estaria sendo alvo de v�ndalos por ter patrocinado a Copa das Confedera��es, a Toulon, por supostamente usar m�o de obra escrava.

"Mas e a Lidador? Ningu�m sabe explicar por que", disse ele.

Mario Gab�o, da Toulon, disse que a acusa��o � um desrespeito � marca, que tem 600 empregados no pa�s, em 50 lojas.

"Isso � uma grande injusti�a com a credibilidade da nossa marca", disse.

Dono de um tradicional bazar de utilidades dom�sticas na Ataulfo de Paiva, Carlos Augusto Ten�rio da Silva n�o teve preju�zos porque desde o in�cio dos protestos nas proximidades da casa de S�rgio Cabral, coloca um tapume na porta todas as noites.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir