Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-07-2013

Protestos contra condenação de Navalny têm 200 detidos em Moscou
Dirigente opositor foi condenado a 5 anos de prisão por roubo e fraude. Ele denunciou casos de corrupção na administração pública de Moscou.
Protestos contra condenação de Navalny têm 200 detidos em Moscou
Foto: g1.globo.com

A polícia russa deteve cerca de 200 pessoas durante protesto realizado na noite de quinta-feira (18), no centro de Moscou, contra a condenação do dirigente opositor Alexei Navalny, que deverá cumprir cinco anos de prisão por roubo e fraude, informou nesta sexta-feira (19) o Departamento de Segurança da Prefeitura de Moscou.

"O número exato de detidos será oferecido pela polícia. Trata-se de cerca de 200 pessoas que tentaram bloquear as ruas e não atenderam às chamadas dos agentes policiais", afirmou o chefe do departamento, Alexei Mayorov, à agência local "Interfax".

As forças policiais acrescentaram que atuaram de maneira "impecável", já que "procederam somente contra as ações ilegais de pessoas que realizavam uma manifestação não autorizada".

Segundo a oposição, 10 mil pessoas participaram da manifestação em Moscou.

Ações similares também ocorreram em várias cidades russas: São Petersburgo, Saratov, Yekaterimburgo, Cheliabinsk, Magnitogorsk, Pskov, Tomsk, Izhevsk e Novosibirsk, todas elas a favor de Nalvani, um reconhecido blogueiro anticorrupção.

Nas imediações da prisão preventiva de Kirov, cidade a 900 km de Moscou e onde Navalni foi condenado por roubo e fraude, protestos também foram registrados.

De acordo com o dirigente opositor, candidato à Prefeitura de Moscou, seu julgamento foi uma montagem do Kremlin para separá-lo da luta política, após ele denunciar vários casos de corrupção na administração pública e ser um dos organizadores de um dos maiores protestos antigovernamentais desde a queda da URSS em dezembro de 2011.

O dirigente opositor foi declarado preso político pela organização de direitos humanos Memorial.

A sentença em questão também foi criticada pela União Europeia e pelo embaixador dos Estados Unidos, além dos governos alemão e francês, da Anistia Internacional e da Human Rights Watch.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir