Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 22-07-2013

PROTESTAÇíO
“Viver com essa possibilidade de mudança é diferente de viver com a ideia de que isso vai sempre continuar existindo", Christian Dunker.
PROTESTAÇíO

Um amigo me parou na rua e disse: "estou cansado de tanta explicação elaborada sobre as manifestações". Concordo. Tentar explicar o que aconteceu é uma coisa, previsões futuras até os meteorologistas erram. Não me atrevo a especular, mas imaginar eu posso. Imagino um Brasil melhor, com melhorias para a saúde, educação e cultura, em todas as classes, de A a Z. Todo o resto, como diria Millôr, é armazém de cecos e molhados.

Ouvi dizer que os vândalos estão depredando o patrimônio público. Ora, os políticos já fazem isso há décadas e sem máscara, o que é pior. Não quero aqui incentivar o quebra-quebra, mas, apesar de trágico, não deixa de ser irônico.
De que adianta fazer tudo isso? Por que preferir o plural das ruas se o protesto é singular? Primeiro, ainda que não fizesse nada, alguém defenderia minha causa e, portanto, a luta de um vale para o benefício de todos. Segundo, uma andorinha só não faz verão, contudo, fica a promessa de que alguns mandatários ainda verão (quem sabe onde o sol nasce quadrado) muito mais nas urnas.

Ainda sobre o fenômeno que tomou conta do país, sinceramente acho que está além das categorias: manifestação e protesto. Embora cada uma tenha sua característica especifica, a primeira como uma forma de ação coletiva e a outra, embora, dentro da coletividade é apenas um "ser contra", ambas têm em comum o ato por uma única causa. O que acontece hoje é diferente de tudo que já se viu, ouviu ou leu a respeito.

Apesar de não simpatizar com movimento sem cabeça, dou aqui minha protestação de apoio a algumas causas. Creio que vi, empiricamente, a manifestação do mais primitivo dos instintos humanos, e, em massa, o da sobrevivência. As pessoas estão com sensação de indefesa, porque as associações, sindicatos, órgãos públicos e políticos até então não fizeram nada daquilo que se propuseram.

Só restou ao povo "a melhor defesa": sair às ruas e ir para o ataque.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir