Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 23-07-2013

Bebê que nasceu após mãe aguardar 10 h por parto no DF vai para a UTI
Estado de saúde do recém-nascido é gravíssimo, diz Secretaria de Saúde. Família diz que houve negligência; pasta afirma que atendimento foi correto.
Bebê que nasceu após mãe aguardar 10 h por parto no DF vai para a UTI
Foto: g1.globo.com

O bebê que nasceu após a mãe ficar dez horas em trabalho de parto com a bolsa estourada no Distrito Federal foi transferido no fim desta segunda-feira (22) do Hospital Regional de Samambaia para a UTI do Hospital Regional de Ceilândia. Segundo a Secretaria de Saúde, o quadro do recém-nascido é gravíssimo.

A família diz que houve negligência por parte do hospital. Segundo a secretaria, a paciente e o bebê receberam todo o atendimento necessário desde que a mulher deu entrada na unidade de saúde.

Familiares dizem que a mãe do bebê procurou o hospital às 23h de sábado (20), sentindo contrações. Após ser avaliada por um médico, a gestante foi liberada e voltou para casa.

Por volta das 2h de domingo, a mulher retornou à unidade de saúde com a bolsa estourada.

O G1 teve acesso aos prontuários médicos da mãe e do bebê, que mostra que a mulher deu entrada no hospital às 4h51. Os exames apontavam que os quadros de saúde dela e do bebê eram bons. Às 17h42 os médicos identificaram uma diminuição da frequência cardíaca do bebê.

"O parto só foi feito às 17h de domingo, depois que verificaram que os batimentos cardíacos da criança estavam baixos. A equipe médica ficou esperando esse tempo todo para ver se ela tinha dilatação para um parto normal. Por que não fizeram logo a cesariana?", indaga Bianca Alves Lima, sobrinha da grávida.

Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira, o coordenador-geral de Saúde de Samambaia, Manoel Fontes, a paciente recebeu atendimento adequado. Ela não tinha orientação para cesariana e não tinha dilatação suficiente para um parto normal.

"Ela foi acompanhada normalmente. Não é toda vez que arrebenta a bolsa que a mulher tem de entrar em trabalho de parto. Ela foi assistida normalmente até a hora em que a criança nasceu."

"Ela [criança] entrou em sofrimento, mas imediatamente a médica falou que era caso de cesariana. A criança nasceu às 17h47. Desde então temos um [especialista] neonatal junto.

A criança continua em tratamento, em estado grave", disse Fontes.

Também nesta segunda-feira, o diretor do Hospital Regional de Samambaia, Élio de Aguiar, disse que o pai foi informado sobre todo o atendimento. "Ele teve acesso ao prontuário, até porque é um direito dele. Não tem nada encoberto. Ele ficou preocupado, mas depois viu que o filho dele está em tratamento e se acalmou."

Segundo o secretário de Saúde em exercício, Elias Miziara, o Distrito Federal tem 64 leitos de UTI específicos para recém-nascidos. Nesta segunda-feira (22), 11 bebês esperam na fila para internação.

A mãe do bebê não quis dar declarações. A família diz que ela teve uma gravidez normal, fez o pré-natal completo e bebê podia nascer a partir de 8 de julho, segundo o pai.

Morte no hospital do Gama

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal apura a causa da morte de um bebê de 4 meses no Hospital do Gama, que ocorreu no último sábado (20). A família acusa a equipe médica de negligência e erro na prescrição de medicamento. O GDF informou que a criança foi atendida na sexta-feira e fez exames, que não apresentaram nenhuma alteração.

De acordo com a família, o bebê deu entrada no Hospital Regional do Gama às 21h de sexta-feira (19) com tosse e falta de ar e fez radiografias e exame de sangue. Em seguida, o médico aplicou nove gotas do remédio Berotec e liberou a criança.

A família voltou para casa, o estado de saúde do bebê piorou e a criança não conseguiu dormir, teve febre alta e dificuldade para respirar. Os pais retornaram ao hospital com o bebê no começo da tarde de sábado e o diagnóstico, dessa vez, foi pneumonia.

Segundo a família, os médicos queriam internar a criança na UTI, mas não havia leito disponível no hospital. Por volta das 17h de sábado, a criança teve paradas cardíacas e morreu. O corpo ficou no hospital para que a causa da morte fosse identificada. A família prestou queixa contra o atendimento no próprio hospital. Moradores do Jardim Ingá, onde a família vive, fizeram um protesto.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir